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Exército israelita investiga humilhação de soldados a palestiniano gravemente ferido

Foto DR
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O Exército israelita disse hoje que a conduta de um grupo de soldados, que amarrou um palestiniano gravemente ferido no capô de um jipe militar e o exibiu pela cidade palestiniana de Jenin, vai contra os seus procedimentos.

"A conduta vista no vídeo não é consistente com as ordens das FDI (forças armadas) e com o que se espera dos seus soldados", afirmou o Exército de Israel, em comunicado, revelando que "o incidente está a ser investigado e tratado em consequência".

Horas antes, o serviço de ambulâncias do Crescente Vermelho Palestiniano denunciou, numa publicação na rede social X (antigo Twitter), que o Exército de Israel não só não permitiu prestar os primeiros socorros à vítima, ferida durante uma operação militar, como a levou detida no capô do seu veículo.

O incidente ocorreu na cidade palestiniana de Jenin, na Cisjordânia ocupada.

De acordo com a agência de notícias Efe, é comum que as tropas israelitas ou a polícia de fronteira não permitam que ambulâncias socorram os cidadãos palestinianos feridos durante incursões militares, que são geralmente letais - quando eclodem confrontos com milicianos de fações armadas - e que aumentaram desde o ataque do grupo islamita palestiniano Hamas em 07 de outubro de 2023.

Desde essa data e até 31 de dezembro de 2023, mais de 320 palestinianos perderam a vida devido ao fogo israelita e uma minoria às mãos de colonos que vivem na Cisjordânia, tornando 2023 o ano mais mortífero em duas décadas, com mais de 520 mortos.

Desde o início de 2024 e até ao momento, pelo menos 222 palestinianos foram mortos por fogo israelita, a maioria deles supostos milicianos ou agressores, mas também civis, incluindo 44 crianças, segundo um balanço da agência Efe.

Também no presente ano, em Israel, 14 pessoas morreram em ataques palestinianos, inclusive seis civis.

O conflito em curso na Faixa de Gaza foi desencadeado pelo ataque do grupo islamita palestiniano Hamas em solo israelita a 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e duas centenas de reféns, segundo as autoridades israelitas.

Desde então, Telavive lançou uma ofensiva na Faixa de Gaza que até ao momento provocou mais de 37 mil mortos e mais de 85 mil feridos, de acordo com as autoridades do enclave palestiniano, controladas pelo Hamas desde 2007.