Novo Hospital "preparado para a rápida evolução da medicina"
Nova estrutura terá sete pisos, capacidade para até 607 camas, 11 salas de bloco operatório e sala híbrida
"O novo Hospital Central e Universitário da Madeira estará preparado para responder à rápida evolução da biomedicina e dos atos médicos". A garantia foi dada, esta manhã, pelo director regional de Equipamento Social e Conservação, no decorrer das Jornadas de Engenharia Civil, este sábado, em Câmara de Lobos.
Pedro Rodrigues, um dos participantes do painel 'Obras de relevância na Madeira', explicou que a nova unidade hospitalar contempla "soluções de construção e técnicas capazes de permitir uma grande flexibilidade", além de oferecer "uma área superior à actualmente instalada com os dois hospitais em funcionamento".
No período de debate, o responsável reconheceu que "a escassez de mão de obra poderá apresentar constrangimentos", atendendo "à escala e à diferenciação do projecto", que “não é normal” para uma região como a Madeira.
Neste momento, a obra emprega diariamente 550 trabalhadores, capacidade que, conforme explica, poderá vir a ser reajustada durante terceira fase, “muito mais exigente" devido "à especialização das intervenções", bem como "à pressão do Plano de Recuperação e Resiliência para a construção na habitação, o que também consome efectivos", apontou.
O diretor regional destacou ainda que tem havido alguma imigração, "embora o país não consiga um recrutamento significativo no sector".
Numa descrição mais detalhada do projecto, Pedro Rodrigues salientou que a nova estrutura de três módulos, conta com sete pisos (um abaixo da cota soleira) e terá capacidade para 565 camas regulares, até ao máximo de 607, 11 salas de bloco operatório e sala híbrida, compreendendo uma área total bruta de construção de mais de 172 mil m2.
A construção da unidade hospitalar, em Santa Rita, encontra-se na sua segunda fase (implantação do edifício). Uma empreitada no valor de quase 75 milhões de euros. Os trabalhos foram iniciados em Junho de 2021, com a escavação, o que levou à demolição de 84 imóveis privados naquela zona, sendo a totalidade do volume de escavação reutilizado.
Paralelamente, o Governo Regional está a estudar novas acessibilidades rodoviárias ao novo hospital em alternativa às existentes, incluindo a via rápida.
A estrutura terá circuitos de circulação diferenciados, entre a parte técnica, público e os chamados sujos. A nova estrutura hospitalar conta ainda com um heliporto e com espaços preparados para proteção radiológica, de forma a receber os serviços de radioterapia.
O novo hospital contempla também soluções de sustentabilidade energética, como caldeiras de biomassa, para aquecimento de águas.
Segundo o director regional, as soluções e os materiais utilizados na fase da construção das paredes, lajes e pilares são "interessantes, com bons resultados e duráveis".
A gestão de empreitada é coordenada por uma equipa de 26 elementos que monitoriza o andamento das obras, os custos e o planeamento.
Refira-se ainda que a obra poderá ser acompanhada em tempo real on-line.