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Renúncia de Macron é caminho possível para emergir da crise política, diz Le Pen

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A líder da extrema-direita francesa, Marine Le Pen, afirmou ontem que resta ao Presidente Emmanuel Macron "a renúncia para potencialmente emergir de uma crise política" desencadeada pela dissolução da Assembleia Nacional e convocação de eleições legislativas.

"Não estou a pedir a demissão de Emmanuel Macron, respeito as instituições, apenas observo que, quando há um bloqueio político, quando há uma crise política, há três possibilidades", disse Le Pen à margem de uma viagem a Courrières, no círculo eleitoral de Pas-de-Calais, no norte, onde pretende ser reeleita deputada.

"Há a remodelação, há a dissolução ou há a demissão do Presidente. A remodelação, nesta circunstância, não me pareceria extremamente útil. A dissolução acaba de ser feita", prosseguiu, concluindo que Macron precisa "renunciar para potencialmente emergir de uma crise política".

"É uma observação. Não é um pedido, ele fará exatamente o que quiser e o que a Constituição lhe dá a liberdade de fazer", acrescentou a candidata da extrema-direita, três vezes derrotada na corrida presidencial em França.

Uma sondagem divulgada hoje atribui à União Nacional, atualmente liderada por Jordan Bardella mas que mantém presente a figura de Marine Le Pen, 250 a 300 deputados na futura Assembleia Nacional (câmara baixa do parlamento francês), o que representaria um cenário entre a maioria relativa e a maioria absoluta (289 mandatos).

Emmanuel Macron indicou na semana passada que descartava a demissão, qualquer que fosse o resultado das eleições legislativas, a decorrer em 30 de junho e 07 de julho.

A sua decisão de convocar eleições legislativas antecipadas após o fracasso do seu partido, Renascimento, nas eleições europeias em 09 de junho contra a União Nacional, que obteve o dobro dos votos, foi criticada até dentro do seu campo político.