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Madeira

Agricultura não consegue competir com o imobiliário

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Depois de ter ouvido o empresário do sector agrícola afirmar que há dificuldade dos produtores em conseguir bons terrenos aráveis porque os que existem os agricultores não têm capacidade para “competir” com os colegas do “imobiliário”, o presidente do Governo Regional reconheceu a forte procura da construção, mas recordou que tanto o seu executivo como os diferentes executivos municipais têm contemplados espaços para agricultura.

“O problema da Madeira não é um problema de área verde porque cerca de 65% do território terrestre tem um estatuto de protecção e quase 80% do espaço é área não edificante” atendendo à orografia da ilha pelo que a opção política, frisou, tem sido “conciliar o desenvolvimento de infra-estruturas e de habitação com a agricultura” porque no seu entender “agricultura humanizada é uma das formas de preservação da paisagem”.

Antes, Duarte Silva, da sociedade Requisitos de Outono falou dos benefícios de uma agricultura industrial mas também dos constrangimentos, um desses prende-se com a escassez de terrenos considerando que deve existir uma solução para aquilo que classificou de “binómio e sustentabilidade; Construção e cimento”, duas equações que na sua opinião “têm de ser compatíveis uma com a outra” justamente porque o “desenvolvimento tem de se fazer nos dois e equilibradamente”. 

A empresa está instalada no parque empresarial e industrial da Calheta e já tem um plano de expansão em curso através da contratualização de o arrendamento de mais um lote de 700 metros quadrados para dar resposta à procura dos produtos entre os quais estão ruca, alface ou coentros.