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Madeira

Condições de trabalho de bombeiros levam deputado do CH a questionar ministra

Foto DR/Chega
Foto DR/Chega

As condições de trabalho dos Bombeiros Profissionais das Associações Humanitárias da Região Autónoma da Madeira foram o motivo que levou Francisco Gomes, deputado do Chega (CH) na Assembleia da República, a questionar a ministra da Administração Interna, Margarida Blasco.

"Num ofício dirigido à governante que tutela as forças de segurança, o deputado madeirense colocou um total de cinco questões, todas elas focando os problemas que, na sua opinião, condicionam a capacidade de resposta e atuação dos Bombeiros Profissionais das Associações Humanitárias, limitando de forma negativa a sua capacidade de cumprir a missão que sobre si recai", refere uma nota enviada às redacções esta manhã.

Na missiva, Francisco Gomes lembra que "os Bombeiros Profissionais das Associações Humanitárias são uma das primeiras e mais importantes linhas de defesa das populações contra incêndios e catástrofes naturais e humanas. Aliás, é a sua inegável coragem, testada e demonstrada todos os dias, que garante a nossa proteção e resposta aos mais variados riscos e perigos. Porém, não estão a receber do Estado a consideração que merecem".

Garante ainda o deputado que um dos primeiros assuntos focados foi o tema do "Estatuto Profissional dos Bombeiros Profissionais das Associações Humanitárias", com o parlamentar a perguntar à ministra se "está disponível para garantir a sua aprovação". De igual modo, Francisco Gomes questionou se a ministra "está disposta a considerar a fixação da idade de reforma dos bombeiros nos sessenta anos, em linha com o que já é feito com os profissionais da PSP e GNR". 

A juntar a isto, o deputado do CH pela Madeira questionou Margarida Blasco sobre "as remunerações dos Bombeiros Profissionais das Associações Humanitárias", exigindo saber se a ministra "está em condições de assegurar o pagamento das horas noturnas em falta, do subsídio de turno que, também, é devido e proceder à atualização dos vencimentos, de acordo com a categoria e antiguidade dos colaboradores".

Na mesma linha, o parlamentar madeirense quis saber se a ministra "está disponível para apoiar a classificação da profissão de Bombeiro Profissional das Associações Humanitárias como profissão de alto risco e de desgaste rápido, tendo em conta as especificidades da missão em causa, que coloca sobre os bombeiros exigências físicas e mentais que são causadoras de pressões sérias, incluindo ao nível emocional".     

A concluir, alertou a ministra para "a necessidade de equiparar o horário laboral semanal dos Bombeiros Profissionais das Associações Humanitárias ao dos Bombeiros Sapadores e para a urgência de aumentar os apoios do Estado às Associações Humanitárias, tendo em conta a relevância da missão que desempenham e o contexto adverso em que os bombeiros colocam as suas vidas em risco para assegurar a proteção das comunidades".   

Francisco Gomes terminou, salientando que "a preparação, a capacidade de resiliência e a aptidão física e emocional dos Bombeiros Profissionais das Associações Humanitárias pode significar, em muitos casos, a diferença entre a vida e a morte das comunidades ou entre a sobrevivência ou perda do património. Por isso, não podemos admitir que a situação profissional destes homens e mulheres continue num limbo. Exigimos respostas e clarificações imediatas".