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Assembleia Legislativa Madeira

Albuquerque diz-se preparado para qualquer cenário incluindo “eleições antecipadas”

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“A actual composição parlamentar, permite uma interpretação clara daquela que foi a vontade soberana dos Madeirenses e Portosantenses nas Eleições Regionais do dia 26 de Maio. Em democracia, a composição de um parlamento é sempre o resultado de um sufrágio livre. E este, por seu turno, é sempre reflexo de uma escolha; a escolha dos eleitores, a escolha do Povo Madeirense”.

O PSD/M, sublinha, “venceu de forma inequívoca as eleições” e houve uma “rejeição clara da alternativa socialista proposta aos eleitores, ficando o PS/M a mais de 20 mil votos e a oito parlamentares de distância do PSD/M”. O PS/M e o seu líder Paulo Cafôfo, afirmou, “foram os grandes derrotados das eleições”. O PCP e o BE, por seu turno, não elegeram qualquer deputado para este parlamento.

Por isso, começa por concluir que os madeirenses não votaram “na alternativa à esquerda ao meu Governo”, encarnada no Partido Socialista e na sua liderança.

“A maioria dos madeirenses não votou, não queria, nem quer, uma alternativa à esquerda ao meu Governo, construída a partir de uma base parlamentar. E essa maioria não é possível. Nem aritmeticamente, nem a partir de uma coligação artificiosa de coligações”, sublinhou.

Também conclui que os madeirenses jamais pensaram, “pelo que foi dito e redito pelo líder da JPP na campanha, que a JPP logo após a noite eleitoral se fosse lançar nos braços do PS, num autêntico abraço de jiboia ou de urso, contradizendo tudo o que havia sido dito na campanha eleitoral, na suposta construção de uma alternativa que, no fim de contas, não era alternativa nenhuma”.

Os madeirenses, afirma Miguel Albuquerque, também “não quer, não pensa ou sequer consegue imaginar que o CHEGA/Madeira possa contribuir para a construção de uma alternativa de esquerda nesta terra”. Ou que possa contribuir para “o fomento da instabilidade, terreno favorável ao avanço da esquerda. E da esquerda radical em qualquer sociedade”.

Albuquerque também deixa claro que, nas eleições de 26 de Maio “toda a gente sabia aquando das eleições do dia 26 de Maio, quem era o líder do PSD/M e que era eu, e não outra pessoa, o candidato a Presidente do Governo. Fui eu que fui sufragado”.

Diz, também que foi ele que não teve “medo ou receio de me submeter ao soberano juízo dos eleitores, numa eleição democrática. Fui eu que face ao rol de atoardas e calúnias que estrategicamente me foram lançadas que não hesitei um segundo a me sujeitar à vontade do Povo Madeirense”.

Em democracia a legitimidade “nasce do sufrágio, do voto expresso nas urnas”.

Nas Eleições Legislativas Regionais, diz, como em todas as outras, não contam apenas os Partidos.

“As Eleições Legislativas Regionais, são sempre personalizadas a partir da figura da liderança e são sempre personalizadas no candidato a Presidente do Governo”.

Os cidadãos quando votam, “votam nos Partidos, mas também na pessoa que julgam mais apta a exercer as funções de Chefe do Executivo. Fui eu que fui maioritariamente votado para Chefe do Governo”, afirmou Miguel Albuquerque na abertura da sua intervenção na discussão do Programa do XV Governo Regional.

Por isso, sublinha, a construção de qualquer Governo ou solução política de governabilidade que não leva em conta a legitimidade do sufrágio, “ou seja, a vontade dos madeirenses e portosantenses expressa em eleições é, naturalmente, inaceitável e ilegítima”.

O PSD/M, garantem “não aceitará, nem pode aceitar qualquer solução de Governo para a Madeira, que não assente no princípio sagrado da legitimidade do voto democrático e popular, incluindo o Chefe do Executivo”.

Miguel Albuquerque espera que fique claro que o PSD/M e ele próprio, estão preparados para qualquer cenário, mesmo “eleições antecipadas se for necessário que isso aconteça”.