"Casas de psiquiatria" alertam para cenário de caos na saúde mental na Madeira
Responsáveis pedem conformidade de recursos e recusam qualquer instrumentalização por parte do GR
Mais de 800 pessoas são acompanhadas, neste momento, pelas entidades que prestam serviço no sector da saúde mental na Região Autónoma da Madeira.
Eduardo Lemos, da Casa de Saúde São João de Deus, avisa que há serviços em risco de continuar, numa conferência que decorre esta manhã, com responsáveis das Irmãs Hospitaleiras da Câmara Pestana e da Sagrada Família e São João de Deus.
A preocupação não surge de agora, surge na continuidade de reivindicações antigas ao Governo Regional, acrescenta Ricardo Gomes, director da Casa de Saúde Câmara Pestana.
A diária actualmente em vigor é de 52,18 euros. E é intenção que a mesma aumente para os 60 euros, e até aos 68 para os doentes de alta complexidade.
"Há serviços a serem suprimidos", asseguram estes responsáveis, e efectivamente não vão ser executados, caso a verba continue num regime de duodécimos.
Luís Filipe Fernandes, psiquiatra ao serviço destas instituições, fala em situações complexas e que há muito que carecem de respostas. O médico defende a necessidade de um programa de tratamento para o consumo de drogas e outras substâncias.