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Madeira

Casas de Saúde mental insistem sobre impacto da crise política

Repetindo comunicado de ontem, as instituições de saúde mental das Irmãs Hospitaleiras da Câmara Pestana e da Sagrada Família e São João de Deus, reforçam a necessidade de aprovação do programa de governo

Foto Arquivo/Miguel Espada/Aspress
Foto Arquivo/Miguel Espada/Aspress

As Casas de Saúde de Psiquiatria das Irmãs Hospitaleiras da Câmara Pestana e da Sagrada Família, e Casa de Saúde S. João de Deus, Funchal, repetindo quase à letra o comunicado emitido ontem, onde manifestaram publicamente "aos partidos políticos e seus deputados, à Diocese do Funchal, às diversas instituições da Região e a toda a população da Madeira, a mais elevada preocupação e inquietação com a situação atual de crise política, a consequente ingovernabilidade e a não aprovação do orçamento da Região para o ano económico de 2024"l.

Entendem que esta situação, a se prolongar, "conduzirá inequívoca e terminante crise para as Casas de Saúde mental que atualmente tratam, recuperam e reabilitam mais de 800 pessoas em regime de internamento, nossas concidadãs da Madeira, que devido a vulnerabilidades e fragilidades severas e graves, necessitam de tratamento e apoio, assim como as suas famílias e que nós, enquanto cidadãos, instituições responsáveis e comunidade Madeirense, temos o dever e a responsabilidade de cuidar".

Apelas assim ao "respeito" e à "humanidade" para insistir, asseverando, por estarem certos, "de que, com a não aprovação do orçamento, não conseguiremos continuar o nosso trabalho de tratamento, de qualidade e segurança". E continuam: "O prolongamento da situação atual, sem um orçamento aprovado na Região Autónoma, coloca em causa os planos de desenvolvimento das instituições de psiquiatria a curto e médio prazo".

Nomeadamente, aponta, "alguns serviços poderão ser interrompidos, não acontecerem e serem descontinuados; alguns contratos de trabalho podem vir a ser interrompidos; e respostas emergentes às pessoas sem-abrigo, à toxicodependência e aos tratamentos compulsivos terão de ser adiados".

Assim, "dada a gravidade da situação atual, resta-nos apelar ao sentido de responsabilidade dos políticos para que tenham sentido de serviço publico, de dever, de responsabilidade social, focando-se no imperativo da aprovação do orçamento de 2024 para a Região Autónoma da Madeira", concluem.

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