Dezanove fiéis morrem na Arábia Saudita na grande peregrinação anual muçulmana
Pelo menos 14 peregrinos jordanos e cinco iranianos morreram na Arábia Saudita durante a grande peregrinação anual muçulmana, que acontece sob um calor sufocante, anunciaram hoje as autoridades dos seus países.
Os peregrinos jordanos morreram depois de terem sofrido um golpe de calor, segundo o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Jordânia, que mencionou em comunicado o desaparecimento de outros 17 fiéis.
A morte de cinco peregrinos iranianos foi confirmada pela Cruz Vermelha do Irão, que não esclareceu as circunstâncias.
A peregrinação anual do 'hajj', um dos cinco pilares do Islão, começou na sexta-feira em Meca, na Arábia Saudita, com a participação de mais de 1,8 milhões de fiéis, a maior parte deslocada do estrangeiro.
Este ano, a peregrinação ocorre no verão saudita, numa das regiões mais quentes do mundo onde o termómetro atingiu no sábado os 46ºC.
Todos os muçulmanos são chamados a realizarem o 'hajj' em Meca pelo menos uma vez na vida, se conseguirem pagar a viagem.
O 'hajj' consiste numa série de rituais feitos durante quatro dias.
Hoje, o ritual, um dos últimos, consistiu no apedrejamento simbólico de pilares, que representam o diabo e se encontram noutro lugar sagrado de Meca, chamado Mina, onde os muçulmanos creem que a fé do profeta Abraão foi testada quando Deus lhe ordenou a sacrificar o seu único filho, Ismael.