Não viabilizar o Governo seria "atitude de profundo desrespeito" pelos madeirenses, classifica CDS
José Manuel Rodrigues alerta para os riscos da não aprovação do Orçamento Regional
Centrista pede, no mínimo, que "se dê o 'benefício da dúvida' ao novo Governo"
O líder do CDS Madeira, José Manuel Rodrigues, criticou este domingo, 16 de Junho, o anúncio dos partidos da oposição de que vão votar contra o Programa de Governo.
Em nota emitida o centrista classifica a atitude como "uma grande irresponsabilidade" e de "profundo desrespeito pela vontade dos madeirenses e dos porto-santenses".
José Manuel Rodrigues considera que a população da Região Autónoma da Madeira, "independentemente da sua orientação política, considera que é tempo de a Madeira ter um Governo em plenitude de funções e um Orçamento aprovado, para dar execução às intenções".
O CDS, afirma, "desde antes e depois das eleições, apelou e seguiu o sentido de responsabilidade", que, defende, "deve presidir às decisões dos partidos e dos deputados".
Os madeirenses já manifestaram, por diversas vezes, quem deve governar a Região e estar a contrariar este facto é contrariar os interesses dos cidadãos, das famílias e das empresas. Não podemos aceitar que depois do Governo empossado ter incorporado variadíssimas propostas dos diversos partidos, existam forças políticas que anunciam votar contra as suas próprias ideias e soluções. José Manuel Rodrigues, CDS
O líder do CDS na Madeira descreve os riscos a que a Região fica sujeita com a não aprovação de um Orçamento.
Com a falta de Orçamento, temos uma paralisia da administração pública, as progressões e suplementos dos funcionários públicos estão congelados, temos uma paragem nos investimentos e obras públicas, a construção do novo Hospital pode atrasar, a aposta na construção de novas habitações está em risco, não há redução do IRS e do IVA para os cidadãos, não podemos ter negociações para aumento dos salários, está em causa o aproveitamento integral dos fundos europeus, o apoio às instituições de solidariedade social está sem atualização, as medidas de combate à pobreza e exclusão social não podem ser executadas. É a vida da nossa comunidade que está em causa.
"Quem não viabilizar o Programa de Governo e o Orçamento será responsável pelo agravamento das condições económicas e sociais das populações da Madeira e do Porto Santo", atira, apelando aos partidos que "ouçam o que diz a sociedade sobre a crise política na Madeira e sobre as consequências que está a ter no tecido económico e social".
O centrista pede, "no mínimo, que se dê o 'benefício da dúvida' ao novo Governo".
O CDS apela a que os diversos partidos e deputados negoceiem com o Governo a viabilização do Programa do Governo e a posterior execução das suas orientações estratégicas nas medidas do Orçamento para este ano. Na política não se deve discutir políticos e lugares, mas sim políticas e decisões que melhorem a vida de quem vive na nossa terra. José Manuel Rodrigues, CDS
O CDS aponta que "é inaceitável" haver partidos a dizerem que “não” ao actual Programa de Governo, quando antes diziam que "era urgente para os madeirenses, como a baixa de impostos, o aumento de salários e medidas para melhorar a qualidade de vida de todos os cidadãos, famílias e empresas".
"Só há uma coisa que é inegociável: o Bem Comum e a defesa da população da Madeira e do Porto Santo", disse.
Na próxima semana, veremos quem está do lado do crescimento económico e do desenvolvimento social das nossas gentes e quem quer lançar a Região na instabilidade, na ingovernabilidade e na estagnação. Todos estamos convocados para ter sentido de responsabilidade, bom senso e o sentido interesse regional. José Manuel Rodrigues, CDS