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Madeira

JPP critica a "narrativa do medo" do PSD na opinião pública

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Élvio Sousa, secretário-geral do JPP, voltou este domingo, 16 de Junho, a desconstruir a "narrativa do medo" do PSD e CDS na opinião pública, que é utilizada para "amedrontar, criar instabilidade e incerteza", em virtude do momento político na Região e "quando cresce a possibilidade de o acordo parlamentar PSD/CDS ser insuficiente para deixar passar o Programa de Governo no Parlamento, na próxima semana, depois de JPP, PS e Chega já terem anunciado que vão votar contra".

O líder partidário, assim como a sua comitiva percorreram, na manhã deste domingo, Santa Cruz, para "agradecer à população" pela "confiança política" e reforço eleitoral nas eleições do passado dia 26, que colocou o JPP como a terceira maior força política na Região, com nove deputados eleitos, mais quatro do que nas anteriores eleições, em Setembro de 2023.

A visita ao concelho onde Élvio Sousa tem residência, acontece menos de 24 horas depois de o JPP, já na noite de sábado, ter anunciado à Região que o partido irá votar contra o Programa de Governo. “Viemos agradecer, como sempre fazemos, e também explicar a nossa posição”, referiu, acrescentando: “Depois de termos ouvido os órgãos do partido e os militantes, ficou decido, por unanimidade, votar contra. Mas não votamos contra, simplesmente porque sim. Ao contrário de outros partidos, que disseram logo que não aprovariam só por ser do PSD, nós só emitimos juízo de valor depois de lido e relido o documento.”

Em nota enviada à comunicação social, o secretário-geral critica a "narrativa do medo e do terror" que o PSD e CDS "andam a lançar na opinião pública" e reitera que a crise política "é da responsabilidade" do presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque por ter "recusado aprovar o Orçamento para 2024 em Fevereiro".

Na altura o que dissemos foi para terem juízo e que aprovassem o Orçamento, não quiseram, não nos podem acusar dessa irresponsabilidade Élvio Sousa, JPP

O dirigente diz que o "clima de medo é infundado" e explica: "Não haverá despedimentos nas empresas de construção civil, as obras continuam com os duodécimos. Não haverá congelamento das carreiras da função pública. As empresas, os clubes, as associações, os agricultores, os pescadores, toda a classe trabalhadora, todo o tecido empresarial e social não vai ficar sem apoios."

Élvio Sousa, para "combater esse clima e sossegar as populações", anuncia que o partido, na próxima semana vai "explicar como funciona um orçamento por duodécimos e em função da gestão da Região".

O político diz ainda desconfiar do teor da conversa que Albuquerque levou ao Representante da República, Ireneu Barreto, menos de 48 horas depois das eleições. “Foi dizer que tinha o apoio da Iniciativa Liberal e do Chega para aprovação do Programa e do Orçamento, quem é aqui o mentiroso? Já pedimos ao Representante da República para esclarecer esta situação", remata.