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Governo Regional Madeira

Chega afirma que Programa de Governo é um "rol sem nexo de intenções"

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São duras as críticas que o Chega tece ao Programa de Governo, entregue na sexta-feira por Miguel Albuquerque e que, esta semana, será discutido na Assembleia Regional. Para o partido, o Governo Regional converteu o documento "numa lista de intenções, feita para agradar a todos, mas que não é provida de sentido estratégico". Fala mesmo em "desespero político e o desejo do PSD de se manter agarrado ao poder a qualquer custo".

O presidente do Chega-Madeira aponta que "este programa tenta seduzir tudo e todos com palavras bonitas, incluindo propostas que, até há bem pouco tempo, o governo considerava impossíveis de atingir". Para Miguel Castro, "na prática, o programa não apresenta rotas, não define estratégias e vive apenas da ambição de um governo que, agora, quando vê a sua sobrevivência em causa, quer prometer tudo a todos, sem dizer como é que o vai fazer".

O partido faz questão de apontar algumas áreas sobre as quais, considera, o programa "é silencioso" ou não dá respostas que considera serem exequíveis: "quais a valorização do sector primário, a resolução da crise na habitação, a defesa dos interesses dos jovens, o combate à precariedade laboral, o combate à criminalidade, a luta contra o consumo de drogas e a monitorização das crescentes comunidades imigrantes".

O Chega considera ainda que é dado pouco ênfase ao combate à corrupção. 

Talvez por receio, ou apenas por conveniência, o governo continua a incutir a missão de combater a corrupção, o compadrio, o amiguismo e as redes de interesses a instituições que estão, direta ou indiretamente, dependentes do próprio governo. Ou seja, o programa quer que acreditemos que os organismos do governo serão capazes de controlar e fiscalizar o próprio governo, tal como se fosse possível pôr uma raposa dentro do galinheiro e esperar que ela não trucidasse as próprias galinhas Miguel Castro

Na opinião deste partido, a abordagem do governo ao combate à corrupção é "propositadamente ingénua e infantil", demonstrando uma falta de compromisso com a luta contra as redes de influência que, segundo o partido, têm asfixiado os madeirenses.

Por tudo isto, e por sentir que o programa representa um esforço desesperado de um governo para agradar a todos e fazer tudo o que não fez em quase dez anos de governação, o CHEGA afirma que "o documento não merece a sua boa consideração".

Não é com desespero, operações forçadas de cosmética e listas de intenções desgarradas de contextualização estratégica que se constrói o futuro da Madeira. No final, é cada vez mais claro que este governo não tem nada de novo, ou de bom, para dar aos madeirenses Miguel Castro