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UE revela acordo para arrancar negociações de adesão com Ucrânia e Moldova em 25 de junho

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Os embaixadores dos 27 Estados-membros da União Europeia (UE) chegaram na sexta-feira a um "princípio de acordo" para a abertura de negociações formais de adesão à Ucrânia e Moldova, que começarão em 25 de junho.

"Os embaixadores deram o seu princípio de acordo sobre as bases para as negociações de adesão da Ucrânia e da Moldova. A presidência belga convocará as primeiras conferências intergovernamentais em 25 de junho", adiantou a presidência belga do Conselho da UE.

Esta decisão deverá ser formalmente validada numa reunião de ministros europeus em 21 de junho.

Nos Países Baixos é necessária a aprovação do Parlamento, noticiou a agência France-Presse (AFP).

O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, congratulou-se, nas redes sociais, com esta medida: "Cumprimos as nossas promessas e iremos apoiá-los no caminho da adesão".

Os chefes de Estado e de governo da UE abriram o caminho para essas negociações de adesão com a Ucrânia e a Moldova em meados de dezembro de 2023.

Mas a Hungria tem retido até agora a abertura formal das negociações com a Ucrânia, por considerar que as condições não foram cumpridas.

A Comissão Europeia, por seu lado, estimou em 07 de junho que a Ucrânia e a Moldova tinham cumprido todos os pré-requisitos para a abertura de negociações formais.

O executivo europeu exigiu medidas de Kiev para combater a corrupção e a influência dos oligarcas.

A Comissão também solicitou uma melhor consideração das minorias, uma medida considerada fulcral por Budapeste, devido à presença de uma comunidade húngara na Ucrânia.

A UE concedeu o estatuto de candidato à adesão à Ucrânia em junho de 2022, num gesto altamente simbólico, poucos meses após o início da guerra desencadeada por Moscovo, bem como à vizinha Moldova.

A abertura de negociações constitui um passo num longo e árduo processo de adesão. Uma possível entrada da Ucrânia na UE, um país com mais de 40 milhões de habitantes e uma potência agrícola, coloca muitas dificuldades, a começar pelo financiamento.

A UE concedeu o estatuto de país candidato à Geórgia em dezembro de 2023.

Em março, a deu luz verde às negociações de adesão com a Bósnia. Essas negociações também foram iniciadas com a Sérvia, Montenegro, Albânia e Macedónia do Norte.