A Dança das Cadeiras
Miguel Albuquerque ainda não tomou posse mas os líderes dos partidos regionais, embora legitimamente, já dançam a dança das cadeiras para ver quem primeiro o derruba para ocupar o “trono”. O Chega bem tenta tapar a brecha causada nas eleições europeias e convencer as pessoas que não baixou a votação de 18 para 9%. Ventura ainda pensa que é comentador de futebol e fala mais alto para se afirmar. Tanta esperteza e ainda não deu para perceber que lidera um partido de protesto e esses partidos são como os foguetes, sobem, rebentam e a cana cai. Manda nos deputados das assembleias, da República, dos Açores e da Madeira fazendo deles autênticas marionetas sem vontade própria e esquecem quem votou neles para obedecerem cegamente ao “rei” Ventura. É por isso que alguns já estão a “saltar fora do barco” e o partido a andar para trás.
Paulo Cafôfo, não soube interpretar o sinal, dado nas urnas, nas duas últimas eleições e espera uma segunda oportunidade para ocupar a cadeira do poder mas parece-me que não vai no caminho certo. Já veio publicamente desentender-se com o líder do JPP o que é sinal de futuro incerto com o único partido com quem pode chegar a um acordo visto que não poderá contar com o Chega, com o Cds, com a IL ou com o PAN. Para bem da Madeira e dos madeirenses estes dois partidos, JPP e PS-M, deveriam manter conversações permanentes porque são eles que poderão mudar os destino político da Madeira e não se digladiarem publicamente. Entendam-se porque o povo precisa de duas forças políticas verdadeiramente democráticas. O JPP é um partido em franca ascensão, vai fazendo o seu papel firme e determinado e vai subindo paulatinamente no conceito dos madeirense porque ao contrário do Chega, não é um partido de protesto mas de propostas e fiscalização ao Governo, é uma força política a ter em conta num futuro próximo.
Assim, é preciso cuidado em não dar um pretexto a Albuquerque de se armar em “mártir” para não reforçar a hegemonia do Psd-M. Como já escrevi nesta página o que é preciso é reivindicar sem comprometer o Orçamento regional e os fundos da UE apresentando propostas com medidas válidas de interesse para a região e para a população, tais como as listas de espera no hospital, listas de espera nos centros de saúde, o problema do Ferry com carga rodada, esbater o custo de vida, o levantamento da imunidade parlamentar para os corrupto criminosos e assim “obrigar” o Governo e restante oposição a aprova-las para não ficarem mal perante a população.
Juvenal Rodrigues