Trabalhadores da Administração Pública defendem “medidas urgentes” por parte do GR
O Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Sul e Regiões Autónomas reuniu, na quarta-feira, com o Governo com vista a apresentar as reivindicações dos trabalhadores da Administração Pública, refere nota à imprensa.
“Algumas dessas reivindicações já tinham sido apresentadas em outras reuniões e o Governo nunca demonstrou interesse em avançar. Até à data muito pouco ou nada o Governo foi ao encontro das reivindicações dos trabalhadores, transferindo essa responsabilidade para o Governo da República, camuflando e fugindo da sua obrigação para com os trabalhadores madeirenses e porto-santenses. O Sindicato sempre insistiu que o Governo pode e deve alterar em matéria laboral e responder às necessidades dos trabalhadores, não o faz, porque não quer”.
Na reunião, conforme explica o sindicato, foram concretos nas propostas apresentadas, seguindo o caderno reivindicativo, expressando, que há três propostas que consideramos serem fundamentais a sua aplicação já neste orçamento.
São elas:
- Remuneração complementar, já para 2024, um suplemento de 128,00€, que não se restringe só Remuneração Mínima Mensal Garantida (salário mínimo nacional) mas estendendo até ao nível 20 da Tabela Remuneratória Única da Administração Pública, com percentagem decrescente.
- Alteração ao SIADAP RAM significativo e não só em questões meramente processuais. Pôr fim às quotas, se nos Açores essa medida foi possível concretizar, na Madeira também o deverá ser, e colocar um ponto final numa das maiores injustiças impostas na Administração Pública. Redução dos pontos necessários, para 5, para a subida ao nível remuneratório seguinte.
- Aumento do subsídio de alimentação para 10,00€, tendo em conta o aumento do custo de vida na Madeira, principalmente nos bens alimentares e na restauração.
“Estas são as três medidas urgentes para constarem, de imediato, no Orçamento Regional, que perante esta conjuntura política, o sindicato espera serem concretizadas”, dizem.
Mas não ficam por aqui, reivindicando, já para 2024, a revisão de todas as carreiras especiais de âmbito regional, algumas dessas carreiras, como as dos Vigilantes da Natureza, foram severamente penalizados pelo anterior Executivo e a criação da Carreira de Técnico Auxiliar de Educação. O Governo criou a carreira de Técnico Auxiliar de Saúde e esqueceu-se dos trabalhadores da educação.
“Os Trabalhadores da Administração Pública são permanentemente prejudicados, desde que o PSD de Passos Coelho foi Governo. O Governo do PSD Madeira, teve e tem todas as possibilidades de alterar a legislação laboral e avançar com essas e outras medidas por forma a valorizar os trabalhadores da AP na Madeira, não o fez e não faz porque não quer, tem agora uma boa oportunidade de o fazer”, avisa o Sindicato.