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Madeira

Iglésias critica Chega por querer duplicar procedimentos concursais

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Miguel Iglésias, deputado do Partido Socialista da Madeira eleito à Assembleia da República, manifestou hoje a sua estupefacção face às declarações do deputado do Chega na Assembleia da República, Francisco Gomes, no que concerne ao tema da mobilidade, concretamente ao ferry e à ligação aérea entre a Madeira e o Porto Santo.

“Devo dizer que fiquei estupefacto com as declarações do senhor deputado do Chega na Assembleia da República, pois este partido simplesmente apresentou duas recomendações ao Governo da República que não fazem sentido, e, aliás, revelam uma enorme incompetência por parte do senhor deputado na forma como como foi feito”, acusou.

O socialista lamentou a “ideia peregrina” de lançar um novo concurso relativamente ao transporte aéreo entre a Madeira e o Porto Santo. “Neste momento já está um procedimento concursal em curso, e que efectivamente ainda não foi concluído porque um dos concorrentes apresentou uma contestação judicial. Ou seja, o Governo da República, tanto o governo anterior do PS como o actual, já fizeram várias prorrogações para que naturalmente não deixe de haver transporte aéreo entre o Porto Santo e a Madeira”.

No que concerne ao transporte marítimo entre a Madeira o continente, de passageiros e carga rodada, Miguel Iglésias defende que seja o Governo Regional da Madeira a lançar o procedimento concursal. Proposta essa que, aliás, já foi apresentada pelo Grupo Parlamentar do PS para que seja defendida na Assembleia Legislativa da Madeira. “Portanto, não faz sentido se aprovar uma proposta em tudo semelhante para ser o Governo da República, na melhor das hipóteses, a vir discutir com o Governo Regional da Madeira o que fazer em relação a uma ligação ferry”.

O Governo Regional da Madeira já teve, em 2018 e 2019, uma concessão de transporte de transporte marítimo ferry. Ora, diz o deputado do PS, “é só repetir o procedimento, alargado no tempo, no mínimo cinco anos prorrogável até dez anos”, criticando a duplicação de procedimentos concursais defendida pelo Chega.