CDS inscreve no Programa de Governo 80% do seu Manifesto Eleitoral
O CDS apelou, hoje, para que os deputados e os grupos parlamentares tenham sentido de responsabilidade e priorizem o interesse regional, viabilizando o Programa de Governo e o Orçamento da Região. Numa conferência de imprensa realizada esta manhã, o CDS diz ter inscrito 80% do seu Manifesto Eleitoral nesse programa, nomeadamente na redução da carga fiscal e na melhoria dos rendimentos das famílias.
O partido indica que com a aprovação deste programa será "possível reduzir os impostos, aumentar os salários, retirar a administração pública da paralisia em que se encontra, desbloquear o aumento e as carreiras dos funcionários públicos, aproveitar ao máximo os fundos europeus e relançar o investimento e as obras públicas, impulsionar a retoma do investimento privado, apoiar mais as instituições de solidariedade social e tomar medidas para combater a pobreza e a exclusão social".
"A redução de 30 por cento nos escalões do IRS e a diminuição do IVA nos bens essenciais, no valor de 165 milhões de euros, o reforço de quase 50 milhões de euros destinados à melhoria dos rendimentos dos enfermeiros, dos técnicos de saúde, das ajudantes domiciliárias e dos bombeiros, o reforço do investimento na construção de habitações e a continuação da construção do novo Hospital, são algumas das medidas que estão em causa, caso não exista Governo e Orçamento este ano", indica o grupo parlamentar composto por José Manuel Rodrigues e Sara Madalena.
Quem está contra estas medidas está claramente contra a Madeira e os Madeirenses. Os partidos que se recusarem a dialogar com o Governo estão a hipotecar o futuro da nossa terra e a piorar a vida dos nossos cidadãos. Nós, Madeirenses, não aceitamos esta prolongada indefinição política que só gera desconfiança e descrença e provoca estagnação e recessão económica e social. CDS
O CDS faz um apelo à maturidade, ao diálogo, à negociação e ao consenso mínimo entre todos os deputados e partidos para termos um Governo e um Orçamento aprovados, indicando que a alternativa poderá passar por um "Governo de gestão e uma Região sem Orçamento".
O partido diz ter chegado a um entendimento com o PSD para viabilizar estes documentos tendo em conta os resultados alcançados pelos social-democratas nos dois últimos actos eleitorais. "A população votou e escolheu e agora compete aos partidos se entenderem sobre o novo Programa do Governo Regional e a aprovação do Orçamento para este ano, cujo atraso está a prejudicar a vida das empresas, cidadãos e famílias da Madeira e do Porto Santo", diz.