Há 27 anos discutia-se a perigosidade do amianto na Madeira
O amianto é mortal ou não? Esta era uma questão que se discutia há 27 anos. Na edição impressa do DIÁRIO do dia 12 de Junho de 1997 foi abordado um artigo da revista ‘Ingenium’, que minimizava as consequência da exposição ao amianto. A Quercus Madeira, autora do relatório "Amianto Mortal", não aceitava as projecções avançadas no artigo e avisava: "há uma estratégia de branqueamento em Portugal nesta matéria".
Aliás, em edições anteriores a Quercus já dava a conhecer os perigos dos produtos que continham amianto.
Hélder Spínola, presidente da Quercus Madeira na altura, não concordava com as afirmações expressas no artigo da ‘Ingenium’ e garantia que a estratégia utilizada no texto “destinava-se a minimizar o problema”. "O artigo afirma que o problema não existe. Mentira. Existe e é grave"”, sublinhou.
Esta edição dava também conta de que o padre José Luís Sousa ia substituir Carlos Perdigão na coordenação do Projecto Vida, na Madeira. A escolha foi do secretário regional dos Assuntos Sociais, que mereceu a concordância do Bispo do Funchal.
No desporto o presidente do Marítimo, Rui Fontes, estava na altura a ser pressionado, de forma indirecta, para não concretizar a sua recandidatura à liderança.
Esta primeira página ficou ‘manchada’ pela morte de uma jovem estudante de 15 anos, que foi atropelada na via rápida.