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Madeira

JSD levou discussão sobre tabus e preconceitos da sexualidade a Câmara de Lobos

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No último fim-de-semana, a estrutura local da Juventude Social Democrata (JSD) em Câmara de Lobos, através do seu núcleo de freguesia, liderado por Amélia Coelho, realizou uma acção de sensibilização para desmistificar tabus e preconceitos relativamente ao sexo.

A referida iniciativa teve como oradora a jovem Petra Freitas, psicóloga de formação e sexóloga de especialização.

Da iniciativa destaca-se, para além de uma participação massiva da juventude, o debate gerado em torno de vários temas como a identidade de género, a orientação sexual e a forma como os jovens se relacionam entre si nas diferentes relações de intimidade.

“Estes e outros temas estão em voga em matéria de políticas de juventude, visto que o sucessivo espaço de liberdade sexual que tem vindo a ser conquistado nas diferentes sociedades europeias, obrigam-nos a refletir sobre os melhores métodos e abordagens na relação interpessoal”, referem os jovens social-democratas, que querem "continuar a promover uma política de sensibilização e autodescoberta".

“O papel da escola não deve ser doutrinar os jovens sobre nenhuma das variáveis que compõe estes temas, mas é fundamental que todos tenhamos consciência de que só através do diálogo e conhecimento se pode desmistificar erros e percepções que são a base de vários preconceitos”, reiteram os jovens social-democratas.

Em virtude da discussão sobre os temas da sexualidade, foi inevitável, uma abordagem ao quadro legal actualmente em vigor em Portugal, que permite a todos os cidadãos com mais de 16 anos a possibilidade de proceder à mudança do sexo deste que autorizados pelos pais e os potenciais riscos que advém para a saúde e vida dos jovens e das respetivas famílias.

“Um dos pontos passa por conseguir um equilíbrio entre aquilo que é previsto na legislação e as consequências legais das opções autorizadas, visto que se começa a verificar, um pouco por toda a Europa, diversas ações judiciais de filhos contra os pais relativamente a autorizações dadas por este em operações de mudança de sexo cujos filhos mais tarde se vieram a arrepender de terem realizado", aponta a JSD.

A violência no namoro foi também uma das temáticas desta acção levada a cabo pela estrutura laranja.

“O crescente número de casos de violência no namoro, sob a forma digital, deve merecer particular atenção, em virtude de ser uma forma de violência silenciosa que pode passar despercebida à família”, referem os jovens social-democratas, para quem "as políticas públicas para a juventude devem ser reforçadas no que concerne à literacia digital e afectiva".

“A literacia referente as tecnologias de informação e comunicação devem ser um dos pilares dos programas de formação e capacitação de jovens, pois só assim conseguimos assegurar que percurso formativo que qualifique as novas gerações a não viverem com as amarras do passado”, concluem a JSD em comunicado de imprensa.