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Israel resgata quatro reféns no centro de Gaza e avisa que vai voltar para os restantes 120

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O Exército israelita adiantou hoje que concluiu a sua incursão terrestre no centro de Gaza, que teve como principal objetivo resgatar quatro reféns, enquanto aumenta a pressão internacional para uma trégua com o movimento islamita palestiniano Hamas.

Em comunicado, as Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) referiram que concluíram com sucesso as operações no centro de Gaza, concentradas em Deir al Balah, Bureij e Nuiserat.

E detalharam que mataram cerca de uma centena de alegados militantes no leste de Deir al Balah, onde também localizaram armas e destruíram infraestruturas do Hamas.

"Ainda há 120 reféns em Gaza e não vamos parar até os trazermos para casa, é com isso que nos comprometemos. Também destruir o inimigo e desmantelar a sua infraestrutura subterrânea e acima do solo", frisaram as IDF na nota.

As forças israelitas realizaram o resgate de quatro reféns detidos na Faixa de Gaza durante uma operação no campo de refugiados de Nuseirat.

As Nações Unidas declararam-se hoje, em Genebra, "profundamente chocadas" com o impacto sobre os civis da operação para a libertação de reféns e "profundamente angustiadas" com o facto de grupos palestinianos continuarem a manter pessoas sequestradas.

A resolução da ONU para um cessar-fogo, que esta segunda-feira teve 14 votos a favor e a única abstenção da Rússia, é a quarta aprovada pelo Conselho de Segurança sobre a guerra em Gaza.

As três anteriores não tiveram efeito após o Governo de Benjamin Netanyahu as ter ignorado e mantido a ofensiva que já deixou Gaza devastada.

Este órgão da ONU deu esta segunda-feira apoio à proposta de trégua dos Estados Unidos, lançada há dez dias, dividida em três fases e que insta agora as duas partes a implementarem os termos da proposta sem demora ou condições, incluindo "um cessar-fogo imediato e libertação dos reféns".

Nas últimas horas, Israel insistiu mais uma vez que não porá um fim definitivo à guerra antes de alcançar os seus três objetivos: enfraquecer as capacidades militares e civis do Hamas, fazer com que deixe de ser uma ameaça para Israel e trazer para casa os 116 reféns ainda mantidos em cativeiro desde 07 de outubro.

"A proposta apresentada permite que Israel cumpra estes objetivos e nós o faremos", frisou hoje um responsável israelita sobre a resolução do Conselho de Segurança da ONU, que estabelece um plano de três fases para acabar com as hostilidades em Gaza.

O grupo islamita Hamas, por seu lado, manifestou a sua satisfação com esta resolução e disse estar disposto a cooperar com os mediadores para a implementar.

O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, indicou hoje que a reação do grupo islamita à proposta de paz é um "sinal de esperança", mas que ainda aguardam uma resposta oficial do Hamas.

A Faixa de Gaza continua sob fogo israelita após 249 dias de guerra e no último dia o Exército israelita matou 40 habitantes de Gaza e feriu outros 120, de acordo com dados do Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, que elevou o número de mortos para 37.164, na sua maioria mulheres e crianças, e o número de feridos para 84.832.

Segundo o Gabinete da ONU para Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), mais de um milhão de pessoas na Faixa enfrentam "níveis catastróficos de insegurança alimentar" e mais de 96% das mulheres e crianças não consomem os nutrientes necessários devido à falta de diversidade alimentar.