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Autarcas querem trabalho conjunto para que comemorações tenham valido a pena

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Foto Presidência da República

Os presidentes das câmaras de Pedrógão Grande, Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos defenderam hoje um trabalho conjunto nestes territórios, para que as comemorações do 10 de Junho tenham valido a pena.

"Será o desafio de todos, população, autarcas, Governo, Presidente da República, trabalhar em conjunto para que este 10 de Junho tenha valido a pena", disse à agência Lusa o presidente do Município de Castanheira de Pera.

As comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas decorreram este ano naqueles três municípios do norte do distrito de Leiria, os mais fustigados pelos incêndios de junho de 2017, que provocaram 66 mortos e 253 feridos, além da destruição de casas, empresas e floresta.

"Este passo está dado, agora há uma necessidade de reforçar o trabalho de discriminar positivamente estes territórios", acrescentou António Henriques.

O presidente da Câmara de Figueiró dos Vinhos, Jorge Abreu, adiantou que ao escolher esta região, o chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, deu visão a estes territórios, para consciencializar que "não podem ser abandonados".

Questionado se teme que, após estas comemorações, o olhar se volte para outras realidades, Jorge Abreu disse acreditar que tal "não vai acontecer".

"Compete-nos também a nós, autarcas, população e outras entidades e onde se inclui o Presidente da República, junto do Poder Central, trabalhar para que haja um desenvolvimento e acompanhamento destes territórios mais profundo", declarou.

O presidente do Município de Pedrógão Grande, António Lopes, subscreveu.

"Compete-nos a nós não deixarmos esquecer este 10 de Junho e estarmos na fileira da frente, para fazer todos os esforços junto do Poder Central, pois nós não esquecemos", declarou António Lopes.

Sobre o discurso do Presidente da República, o autarca de Pedrógão Grande notou que foi, "ao mesmo tempo, agregador, de alerta e motivador, para as regiões do interior, para as pessoas do interior, que são como as pessoas do litoral e têm direito às mesmas oportunidades que os outros têm".

António Henriques realçou que a intervenção do chefe de Estado na cerimónia militar foi ao encontro do "objetivo maior de fazer com que se olhe para estes territórios de forma completa, ou seja, não distinguindo o Portugal litoral do Portugal interior".

"A intenção do senhor Presidente da República ao referir-se a estes territórios é que não caiam no esquecimento. Estes territórios não podem ficar esquecidos", acrescentou, por sua vez, o autarca de Figueiró dos Vinhos.

O Presidente da República pediu hoje, no seu discurso do Dia de Portugal, um futuro mais igual e menos discriminatório para todas as terras do país, sem novas tragédias como os incêndios de 2017.

"Que este 10 de Junho de 2024 queira dizer: tragédias como as de 2017 nunca mais, futuro mais igual e menos discriminatório para todas as terras, e para todos os portugueses, dever de missão, lugar para a esperança, a confiança, e o sonho, sempre, mesmo nos instantes mais sofridos da nossa vida coletiva", afirmou o chefe de Estado.