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Montenegro diz que é prioridade garantir que todos os portugueses têm oportunidades iguais

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O primeiro-ministro, Luís Montenegro, disse hoje que é uma prioridade garantir que todos os portugueses têm iguais oportunidades independentemente do local onde vivam e considerou que houve expectativas frustradas no passado.

"O objetivo de termos um país coeso do ponto de vista social e territorial e é uma prioridade e é uma prioridade garantir que todos os portugueses têm as mesmas oportunidades independentemente da terra onde vivem e da condição familiar e económica que têm", afirmou Luís Montenegro aos jornalistas, em Pedrógão Grande (Leiria), no final da cerimónia militar do Dia de Portugal.

O chefe do executivo comentava o discurso do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que pediu um futuro mais igual e menos discriminatório para todas as terras do país, sem novas tragédias como os incêndios de 2017.

"Que este 10 de Junho de 2024 queira dizer: tragédias como as de 2017 nunca mais, futuro mais igual e menos discriminatório para todas as terras, e para todos os portugueses, dever de missão, lugar para a esperança, a confiança, e o sonho, sempre, mesmo nos instantes mais sofridos da nossa vida coletiva", afirmou o chefe de Estado.

Sobre o discurso do bombeiro Rui Rosinha, que ficou gravemente ferido nos incêndios de junho de 2017, considerou que foi um testemunho do "sofrimento e também a esperança das populações desta região, que foram gravemente afetadas em 2017, mas que, apesar de tudo, reclamam, e bem, dos poderes públicos o cumprimento das expectativas que foram criadas nessa altura".

"É uma recorrência em muitas das ocasiões em que vim aqui, senti que nem todas as expectativas foram cumpridas", reconheceu o primeiro-ministro, também líder do PSD, prometendo que o Governo tentará "fazê-lo, agora, nos próximos anos".

A primeira deslocação de Luís Montenegro enquanto líder do PSD foi a Pedrógão Grande, em julho de 2022.

Rui Rosinha pediu hoje ao Governo e à oposição um "compromisso sério" com a coesão e criticou medidas que não saem do papel.

"Neste Dia de Portugal, aproveitamos o foco desta celebração para, na presença do Governo e representantes da oposição, apelar a um compromisso sério com estes territórios de baixa densidade", afirmou Rui Rosinha, considerando que "pouco chegou ao território", e "a burocracia é pesada e demorada".

Já o líder parlamentar do PSD, Hugo Soares, corroborou que "as políticas públicas devem precisamente visar a coesão do território e, quanto mais coeso for o território, mais formas temos de evitar tragédias como aquelas que já aconteceram".

"Mas também quanto mais coeso for o território, mais próspero e mais oportunidade há para todos, e é nisso que nós estamos apostados no Governo nesta nova legislatura, em fazer todo o território mais próximo, mais coeso e mais unido", declarou à Lusa Hugo Soares.

Segundo o deputado, "o Governo deve governar e o parlamento deve escrutinar o Governo", frisando que é "assim que deve ser e é assim que tem acontecido".

As comemorações do Dia de Portugal foram este ano centradas em Pedrógão Grande, Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pera, os concelhos mais afetados pelos fogos de junho de 2017, que provocaram 66 mortos e 253 feridos, além da destruição de casas, empresas e floresta.