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Fechou o único hospital que ainda funcionava em Rafah

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O único hospital que restava em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, deixou de funcionar, ficando hospitais de campanha com serviços reduzidos na cidade sob ataques israelitas, informou hoje a Organização Mundial da Saúde (OMS).

O gabinete da organização para a Palestina confirmou, numa mensagem na rede social X, a cessação em 30 de maio da atividade da maternidade dos Emirados, a única unidade hospitalar que ficou em funcionamento após o encerramento, forçado pelos bombardeamentos de Israel, dos hospitais do Kuwait e de Al Najar.

"Dois hospitais de campanha estão operacionais na área costeira de Rafah (Al Mawasi), mas estão extremamente sobrecarregados, dada a escala das necessidades", acrescentou a mesma fonte.

Desde que Israel iniciou a sua operação militar em Rafah, permanece fechada a passagem fronteiriça para o Egito, por onde passava grande parte da ajuda humanitária para o enclave, enquanto pela passagem de Kerem Shalom, que liga Gaza a Israel, também a sul, passa apenas esporadicamente alguma ajuda.

A proximidade dos combates e a escassez de suprimentos forçou o encerramento de vários hospitais e clínicas nas últimas semanas, de acordo com organizações como a OMS e os Médicos Sem Fronteiras (MSF).

Em Rafah, quase um milhão e meio de pessoas, na sua maioria deslocadas de outras partes da Faixa de Gaza, ficaram amontoadas após o início da guerra no enclave, embora nas últimas semanas mais de um milhão tenham sido forçadas a fugir face à expansão dos ataques israelitas.

Ao mesmo tempo que o escritório da OMS na Palestina confirmou o encerramento do hospital dos Emirados, o organismo militar israelita que gere os assuntos civis nos territórios palestinianos ocupados anunciou a abertura de uma maternidade na cidade de Deir al Balah, no centro de Gaza.

Um ataque do grupo islamita Hamas em território israelita, em 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e duas centenas de reféns, segundo as autoridades de Israel, desencadeou uma ofensiva israelita em larga escala na Faixa de Gaza, que provocou já mais de 36.300 mortos, segundo as autoridades de saúde do governo do Hamas.