Eixo do Fel
Todas as Quinta-Feiras somos presenteados pelo “Eixo do Mal”, na SIC à noite, mas que é mais um “Eixo do Fel”, passo a explicar. Este programa de um canal nacional privado já conta com largos anos, e é considerado um dos mais reputados (!) a nível político nacional e é na verdade um festim de alarvidades.
A pseudo-arrogância intelectual e moral destes quatro já cansa mesmo, mesmo!
Da esquerda para direita temos o P. Marques Lopes, um pseudo-direita, ultra-politicamente correcto, sempre com as suas frases ocas e um discurso redondo. Tinha as suas ambições políticas pessoais e quis ser “amigo” de P.P.Coelho mas os seus sonhos políticos saíram-lhe furados...
Depois temos Daniel Oliveira, filho de um dos nossos grandes nomes da poesia- Herberto Hélder. O mais inteligente dos quatro e o que argumenta melhor, mas um esquerdista raivoso, que é incapaz de sair da sua visão canhota. Para ele os de direita são todos maus. Nunca vê nenhum mérito na direita.
Ao centro temos o moderador (?), um dissimulado com a sua agenda ideológica. Nada acrescenta ao programa. Que também se saiu recentemente com a sempre repetida pejorativa frase: “Já chegámos à Madeira!...”. Pois, chegaram há 600 anos, agora aturem-nos… Gostava muito de viver num país, em que não houvesse portugueses de segunda…
Á direita deste, a “iluminada” sexista que quer falar mais tempo que os outros e que acaba sempre as suas “tiradas” com grande altivez corporal. Recentemente disse que a Madeira sempre esteve metida em trafulhices desde o início, escusado será dizer que se enganou na data correcta-1419, Obviamente! Vasco Pulido Valente chamava-a de a “pseudo-Dra”.
Por último, o exibicionista armado em engraçadinho (!), L.P. Nunes que tira e põe e volta a pôr e volta a tirar os óculos! Que também recentemente ofendeu os madeirenses (parece que não é a primeira vez), referindo-se negativamente ao ADN madeirense (que etnista!), vá lá que o D. Oliveira o chamou a atenção. Ora como todos nós sabemos, o Luís Pedro Nunes é um espécimen “superior” alentejano...
É deveras curioso que vivemos na época das vitimizações de todos os grupos, e que se levantam logo polémicas mas os madeirenses, esses, continuam a ser ofendidos gratuitamente. Isto é algo que os madeirenses não deviam deixar passar.
Este programa revela a pequenez mental de Portugal, se isto é a “intelligentsia” deste país… Os 4 pouco ou nada diferem um do outro (o D. Oliveira ainda assim é o mais dissonante). Não há um verdadeiro debate (praticamente não há opostos). Eles representam o “status quo” aburguesado. Nem são bons portugueses. O problema é que as pessoas “comem” isto e aceitam tudo como se eles fossem uns gurus da verdade, os sábios da aldeia lusitana! Já vi “n” de gafes a nível de política internacional pelos mesmos ditos cujos… O povo não tem capacidade de análise, crítica ou cultura para os realmente avaliar.
A melhor parte do programa é mesmo a parte final com eles calados, com a excelente música do japonês Seigen Ono - “Einish”, e com as expressões histriónicas destas cinco figuras circenses…
Rodrigo Costa