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A Corrida ao Pódio: do Bronze ao Ouro

A II Liga, denominada de Liga Portugal SABSEG, uma vez mais, demonstrou a sua essência, um campeonato competitivo, com jogos imprevisíveis e resultados surpreendentes. Particularmente, esta época viu a ingressar um dos maiores clubes do país neste escalão competitivo, o CS Marítimo, ganhando assim maior visibilidade, projeção e dinamismo.

O Peso das Expetativas e a Construção do Sonho

Primeiramente, falando das expetativas criadas no início da época e das estratégias adotadas, de um lado havia um único objetivo, a obrigatoriedade de subir de divisão, o que originou dificuldades para lidar com a pressão exigida, especialmente em casa. Por outro, numa pressão distinta, foi fixado os 40 pontos como primeira meta e depois, os 68 pontos, de forma a existir um ambiente em que o sonho de superar as expetativas fosse alimentado, conforme necessário. Em relação à construção dos plantéis, o CS Marítimo mesmo operando uma revolução, ficou muito aquém das expetativas. O CD Nacional conseguiu manter um determinado núcleo de jogadores em relação à época passada, o que ajudou a criar uma estrutura sólida.

A Rota da Subida

Ora, falando dos registos, o percurso caseiro é bem distinto, o CD Nacional foi a equipa que conquistou o maior número de pontos em casa. Até ao momento, no total somou 39 pontos; ao invés disso, foram registados 27 pontos no Caldeirão. O registo fora de portas é oposto, os verde-rubros conquistaram 33 pontos e os alvinegros 26 pontos. Com Fábio Pereira, o balanço dos resultados alcançados é positivo e equilibrado, registando 11 vitórias, 8 empates e 1 derrota, destacando o rigor defensivo, fazendo com que seja, a segunda melhor defesa, 26 golos sofridos e um dos melhores ataques da prova, 48 golos. Embora não tenha a mesma solidez defensiva, 33 golos sofridos, a equipa de Tiago Margarido ficou reconhecida pelo seu estilo de jogo atrativo e ofensivo, destacando a projeção atacante e a expressão da criatividade dos jogadores, traduzindo-se como a equipa com mais golos marcados na competição, 61 golos, uma demonstração de identidade e consistência ao longo da época.

A Janela de Inverno

No mercado de inverno, o CS Marítimo vendeu alguns jogadores excedentários e reforçou o plantel com boas aquisições para os três setores. O CD Nacional contratou 1 jogador e vendeu 2, nos quais estes registavam poucos minutos. Ou seja, de um lado procurou-se ajustar algumas posições para melhorar o desempenho da equipa e levá-la ao objetivo único, por outro optou-se pela estabilidade do plantel e continuidade da consistência.

Pés no Presente e Olhos no Futuro

O principal foco dos quatro clubes nos lugares dianteiros é a promoção à I Liga, de forma a regressar ao convívio dos grandes do futebol português. Nesta altura, o CD Nacional luta pelo primeiro lugar e o CS Marítimo, o lugar de play-off. Após o término, é tempo de rever o desempenho e começar o planeamento da próxima época, tendo em consideração o montante dos direitos televisivos, mas também os desafios que, sobretudo os clubes da Madeira, terão pela frente, independentemente do escalão em que competirem.

A Estrada para a Salvação

Acerca do play-off, é temido pelos clubes da I Liga e é uma posição altamente cobiçada para os que competem no segundo escalão. O maior impacto positivo é a oportunidade adicional de garantir a promoção, o que é extremamente gratificante. Em sentido inverso, fruto do mau momento, as equipas da I Liga chegam a esta fase com défices de confiança e rendimento, o que transforma a mentalidade e oferece uma pressão adicional, pois o peso da expetativa pode ser grande para todos os envolvidos, aumentando a intensidade das partidas e consideravelmente o lado emocional. Neste contexto, o CS Marítimo ainda sonha com a única hipótese realística de promoção.

Conclusões e Perspetivas

1. Sem “investidores” foi possível praticar bom futebol e atingir os objetivos organizacionais;

2. As primeiras quatro equipas terminarão com mais de 60 pontos (é somente a quarta vez que sucede, em temporadas com 34 jornadas), indicando que foi uma competição aguerrida e com desempenhos consistentes;

3. A inclusão de jovens promessas locais com talento que estão tendo oportunidades para se destacar, e por vezes, em contextos adversos;

4. A representatividade madeirense nos clubes da Madeira;

5. Necessidade de melhorar os relvados dos clubes da Região;

6. O 12º jogador: a massa adepta maritimista é exigente e crítica. Também é leal e apaixonada, daí dar constante apoio à equipa no Caldeirão (proporcionado um ambiente único), apresentando as melhores médias de 7.288 espetadores por jogo e 68,99% de ocupação, e sempre presente em bom número fora de portas.