IL analisa "inversão de posicionamentos" de José Manuel Rodrigues
Nuno Morna afirma ser "fundamental que os políticos mantenham uma linha de coerência, pois isto reflecte-se directamente na confiança que os eleitores depositam neles". O candidato da Iniciativa Liberal às eleições regionais 'aponta o dedo' a José Manuel Rodrigues cujas posições, considera, "revelam uma inversão de posicionamentos que merece ser analisada com rigor".
Ao longo de quase cinco anos, as suas decisões e o seu voto foram sempre alinhados com governo de Miguel Albuquerque, que o CDS integrou, assumindo duas Secretarias Regionais. Durante quase 5 anos foi o entendimento com Albuquerque que lhe garantiu a Presidência da Assembleia Legislativa. Uma aliança que reflectiu uma concordância estratégica e ideológica profunda, e que só amplifica a surpresa perante as recentes declarações de José Manuel Rodrigues na entrevista à RTP Madeira, que contrariam todas as suas acções e votos na ALRAM. Nuno Morna
O cabeça-de-lista indica que "não tem três meses", que José Manuel Rodrigues votou "contra a proposta da Iniciativa Liberal para que a redução dos 30% no impostos fosse aplicada. Agora defende aquilo que inviabilizou. Votou contra o aumento do preço pago ao produtor de banana, e agora é favorável".
"Este desvio interesseiro não pode passar um pano sobre o passado recente e levanta questões pertinentes sobre a consistência e a integridade política de José Manuel Rodrigues e do CDS Madeira. A mudança abrupta de opinião não passa de uma manobra oportunista e puramente eleitoralista, numa vã tentativa de realinhar a sua imagem e a do partido, tendo em vista as eleições do próximo dia 26 e das previsíveis mudanças no cenário político. Tal comportamento tem de ser entendido como uma falta de compromisso com os princípios anteriormente defendidos, colocando em xeque a sua credibilidade como líder e a do seu partido como solução", indica.
Nuno Morna considera que os madeirenses devem questionar e escrutinar estas condutas, procurando perceber as verdadeiras motivações por detrás destas novas posturas críticas, que contradizem um histórico de apoio e alinhamento com o governo de Miguel Albuquerque.