PJ na Madeira investiga fraude com o subsídio de mobilidade
Agências de viagens e particulares alvo de buscas
A deslocação de mais de meia centena de investigadores da Polícia Judiciária à Madeira estará relacionada com eventuais fraudes e burlas no reembolso de passagens aéreas, no âmbito do subsídio social de mobilidade.
Segundo apurou o DIÁRIO a investigação no terreno não abrange entidades públicas regionais, apenas agências de viagens e particulares.
Reagindo ao facto noticioso que agitou o dia de ontem na Região Miguel Albuquerque assegurou ontem, à tarde, que nenhuma dependência do Governo Regional tinha sido visitada pelos agentes policiais e que desconhecia o motivo da deslocação.
Albuquerque garante que PJ não realizou buscas em nenhuma secretaria
Presidente do Governo Regional em gestão reagiu à deslocação da PJ à Madeira
Sandra S. Gonçalves , 06 Maio 2024 - 17:54
As investigações em curso, ao que apuramos, estendem-se também à Região Autónoma dos Açores.
Em 2019, a designada operação 'Pégaso', que incidiu igualmente sobre o subsídio de mobilidade, fez dois detidos e três arguidos na Madeira. Em causa estavam centenas de milhares de euros lesados ao erário.
A operação consistiu na realização de diversas buscas domiciliárias e não domiciliárias, no Funchal, tendo sido apreendida grande quantidade de elementos com relevância probatória, entre os quais documentação contabilística, dispositivos e dados informáticos, bem como numerário.
Foram detidos dois indivíduos, responsáveis de uma agência de viagens, suspeitos de, através da falsificação de documentos e facturação fictícia, terem conseguido receber indevidamente reembolsos de viagens, ao abrigo do subsídio social de mobilidade em vigor na Região Autónoma da Madeira, lesando dessa forma o erário público, em valores que ascendem, por ora, a várias centenas de milhares de euros.