Sindicato da PSP questiona momento da exoneração mas elogia sucessor
O presidente do Sindicato dos Profissionais da Polícia manifestou hoje "preocupação com o momento e motivo" da exoneração do Diretor Nacional José Barros Correia, mas considerou que o seu substituto indigitado, Luis Carrilho, merece "o maior respeito".
A ministra da Administração Interna (MAI exonerou hoje o Diretor Nacional da PSP, superintendente chefe José Barros Correia, que estava no cargo desde setembro do ano passado, tendo o visado já reagido, numa missiva a toda a corporação, na qual atribuiu o seu afastamento do cargo à "exclusiva iniciativa" da governante.
Em reação a esta decisão, o presidente do Sindicato dos Profissionais da Polícia (SPP/PSP), Paulo Macedo, considerou o momento da substituição "pouco adequado", não só devido às negociações em curso sobre o suplemento de missão, como na véspera das comemorações do aniversário da Unidade Especial de Polícia, que o superintendente Luís Carrilho dirige desde setembro passado, nomeado pelo Diretor Nacional exonerado.
"O nome agora indicado para Direção Nacional da PSP (DN/PSP), merece-nos todo o respeito, enquadra-se no perfil que consideramos mais adequado para a função, mas terá a grande responsabilidade de resolver os vários problemas que se adensam dentro da PSP", afirma.
O SPP/PSP, refere que, apesar de se tratar de uma gestão política, legitima, preocupa ao sindicato o momento e o motivo, pous esta exoneração "ocorre alguns dias depois de, mais uma vez, o ainda DN/PSP, se ter manifestado a favor da atribuição de um Suplemento de Missão aos Polícias da PSP, com valor justo e em paridade com o que já é auferido pela PJ (valor igual para todos os Polícias, no valor de 15% do ordenado de um juiz desembargador com 5 anos)".
Segundo a estrutura sindical, "esta decisão deixa no ar a ideia de não ser bem visto o fato de se ter um DN/PSP a defender o que se afigura como justo para os profissionais da PSP, o que seria grave".
Em comunicado, o Ministério da Administração Interna refere que "esta decisão de indigitação surge no âmbito da reestruturação operacional da PSP, quer no plano nacional, quer no plano da representação institucional e internacional desta força de segurança pública".
O superintendente Luís Miguel Ribeiro Carrilho ocupava, até à data, o cargo de Comandante da Unidade Especial de Polícia (UEP).