André Santos dá workshop no Conservatório
O Conservatório – Escola das Artes da Madeira, nos dias 8 e 9 de Maio, recebe André Santos, destacado guitarrista madeirense e figura proeminente no jazz nacional, para liderar um workshop de improvisação destinado a alunos, docentes e outros interessados.
Neste evento, partilhará técnicas e conceitos essenciais, fruto da sua vasta experiência em jazz e outros géneros musicais, adequados a todos os níveis de experiência em improvisação.
O Conservatório continua a investir na formação contínua dos seus alunos e pessoal, organizando anualmente cerca de 50 actividades formativas, incluindo workshops e masterclasses. Estas iniciativas permitem que os alunos interajam com especialistas e artistas renomados, enriquecendo a sua formação académica e técnica. Além disso, estas ações visam equipar os colaboradores com competências chave, alinhadas com as prioridades identificadas para cada ano letivo, abrangendo as áreas docente, técnica, administrativa e operacional, indica nota à imprensa.
"A improvisação musical é uma componente essencial na formação dos alunos do Conservatório, pois permite-lhes desenvolver a capacidade de expressão individual e aprofundar a compreensão teórica e prática da música. Através da improvisação, os estudantes aprendem a reagir e adaptar-se em tempo real durante a performance, o que melhora a sua fluidez e liberdade artística. Além disso, estimula a criatividade, a capacidade de escuta e a interação com outros músicos, competências cruciais para qualquer intérprete ou compositor", acrescenta.
Sobre André Santos:
Nascido no Funchal em 1986, André Santos começou a explorar a música seguindo os passos do irmão mais velho, Bruno Santos, também guitarrista. Incentivado pelas dicas valiosas do irmão, dedicou-se ao autodidactismo e à descoberta de discos de artistas tão diversos como Rage Against the Machine, João Gilberto e Thelonious Monk. Esta curiosidade abrangente moldou a sua personalidade musical, tornando-o um guitarrista versátil que transita entre o Jazz e o Rock, a música tradicional madeirense e a MPB, dominando várias guitarras e cordofones.
André Santos é reconhecido pelo seu timbre e pela exploração de diferentes texturas sonoras, tendo colaborado em diversos projectos, concertos e gravações com músicos como Carlos Bica, Maria João e Salvador Sobral, bem como com Ana Moura e Carminho. Como líder, destacam-se os seus álbuns 'Ponto de Partida', 'Vitamina D' e 'Embalo', bem como o projecto Mano a Mano com o irmão Bruno Santos, que já conta com quatro discos editados.
No papel de director musical, destaca-se o projeto Mutrama, onde revisita a música tradicional madeirense com base em recolhas feitas pela Associação Xarabanda, uma extensão da sua tese de mestrado sobre os cordofones tradicionais madeirenses no Conservatorium van Amsterdam. Além disso, dirigiu o projecto ‘Recordar Max’ a convite de António Zambujo e ‘Um Só Dia’, um tributo a Manuel Alegre por Joana Alegre, com a participação de artistas como Camané e Jorge Palma.
Com todos estes projectos, entre outros, André já se apresentou em palcos por todo o mundo, incluindo México, Macau, Cabo Verde, Suécia, Itália, Ucrânia, Bulgária, Lituânia, Eslovénia, Holanda, EUA, Polónia, Alemanha, Espanha, Uruguai, Sérvia, Montenegro e Angola.