Kiev diz que inclusão de Zelensky em lista de procurados é "desespero"
A diplomacia da Ucrânia reagiu à inclusão hoje do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, na lista de procurados do Ministério do Interior da Rússia, dizendo que se trata de uma prova do "desespero" de Moscovo.
De acordo com um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, "as informações russas sobre a alegada inclusão do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, na lista de pessoas procuradas pelo Ministério do Interior russo demonstram o desespero do Estado russo e da máquina de propaganda, que não sabe o que mais inventar para chamar a atenção".
"Gostaríamos de lembrar a todos que, ao contrário dos anúncios inúteis da Rússia, o mandado de prisão do Tribunal Penal Internacional contra o ditador russo, Vladimir Putin, por crimes de guerra é real e executório em 123 países", acrescenta o comunicado.
Segundo a agência noticiosa oficial russa TASS, Zelensky é procurado "ao abrigo de um artigo não especificado do Código Penal da Federação Russa".
De acordo com a base de dados do ministério, Zelenski, nascido em 1978 na cidade de Krivoi Rog, na região ucraniana de Dnipro, faz parte de uma lista que já inclui outros nomes como o chefe do Conselho de Segurança e Defesa Nacional de Kiev, Alexander Litvinenk, adicionado na sexta-feira.
A inclusão de altos funcionários ucranianos na lista segue uma tendência que as autoridades russas têm vindo a seguir desde o início da invasão da Ucrânia, em fevereiro de 2022.