O sol despertou há já algum tempo limpando suavemente as gotas do sereno caído durante a noite.

Fui até ao jardim do meu quintal onde as roseiras em flor, alegram e perfumam o ambiente, dando-me os bons dias. Uma aragem um pouco fresca sopra de mansinho e, já se ouvem as gargalhadas e a barulheira inocente das crianças no pátio da escola, um pouco além.

Paro um pouco junto à roseira amarela que já se vestiu de tantos botões e penso no quanto seria diferente este mundo onde todas as crianças pudessem rir e cantar despreocupadamente! Mas, olhando o mundo, a realidade é bem diferente! O ódio, as bombas e os ataques são a cruel realidade que muitas e muitas delas enfrentam todos os dias. E questiono-me:

- Que mal fizeram elas?

Porque vivem debaixo do medo e da fome?

Dói a alma ver com quanta força seguram nas mãos inocentes, a vasilhinha que estendem, acotovelando-se, para que uma concha de sopa caia na mesma!

E tudo isto porquê?

A única resposta que encontro é na indiferença e o ódio de alguns homens diante do sofrimento humano, de um modo particular os idosos e as crianças.

Creio chegada a altura de todos, mesmo todos, olharmos para dentro de nós próprios e pensarmos como este mundo seria bem melhor se o ódio desse lugar ao diálogo e ao respeito por todos os que caminham ao nosso lado.

É tempo de parar!

E tempo de escutar!

É tempo, enfim, de pensarmos no amanhã das nossas crianças.

É tempo de deixar que cada criança tenha o direito a ser criança!

Pensemos nisto!

Um dia da Criança cheio de Esperança!

Graziela Camacho