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Desporto

FIFA aprova medidas de protecção à parentalidade, saúde e bem-estar das mulheres

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A FIFA aprovou várias medidas que aumentam a proteção de jogadoras e treinadoras em questões relacionadas com a parentalidade, saúde e bem-estar das mulheres no futebol, que entrarão em vigor em 01 de junho, anunciou hoje o organismo.

"Estas mudanças alargam o âmbito dos direitos e proteção à adoção. Reconhecerão também as dimensões físicas, psicológicas e sociais em caso de incapacidade de trabalhar devido a menstruação intensa ou complicações médicas relacionadas com a gravidez", informou a FIFA.

Em comunicado, o organismo regulador do futebol mundial incentivou as associações que a integram a permitir que futebolistas e treinadoras tenham contacto com as famílias durante o período em que estiverem envolvidas em competições internacionais.

Três anos após aprovar a criação de um período mínimo de licença de maternidade de 14 semanas para jogadoras, remunerado, a FIFA estabelece o mesmo direito para treinadoras, bem como a possibilidade de ausência dos treinos e jogos por razões de saúde menstrual.

A norte-americana Jill Ellis, antiga selecionadora dos Estados Unidos, que se sagrou bicampeã mundial, em 2015 e em 2019, recordou as dificuldades que sentiu quando teve de conciliar a função de treinadora de uma equipa universitária com os cuidados da filha adotiva, com três meses.

"[Uma carreira no futebol] não deveria excluir a possibilidade de ser mãe ou de criar um filho, deveria incluir isso. Se não tivesse apoio, não teria capacidade de fazer isso e manter minha carreira", observou a treinadora, de 57 anos.

Uma 'licença de adoção' de oito semanas, no mínimo, deve ser acordada entre os clubes para crianças até dois anos, que será reduzida para quatro semanas para crianças até quatro anos e para duas semanas para crianças acima dessa idade.

"A FIFA está empenhada em adotar um quadro regulamentar dinâmico, sólido e adequado às crescentes necessidades das jogadoras e treinadoras", observou Emilio García Silvero, diretor jurídico e de conformidade do organismo.

A diretora do futebol feminino da FIFA, Dame Sarai Bareman, saudou as alterações que promovem o contacto familiar quando as jogadoras estão em representação das seleções nacionais: "Num Mundial, [uma jogadora] pode ficar longe da família durante cinco ou seis semanas e isso pode ter um grande impacto mental na jogadora e na criança", sustentou.