Sérgio Gonçalves defende aumento das quotas de pesca do atum
Sérgio Gonçalves considerou, hoje, que é necessário aumentar as quotas de pesca do atum, assegurando que, se for eleito ao Parlamento Europeu, irá desenvolver esforços com vista a promover as respectivas negociações. O candidato pelo PS realizou, esta manhã, uma acção de campanha no porto do Caniçal, tendo contactado com vários pescadores.
Nessa iniciativa, constatou, com preocupação, o facto de as embarcações de pesca do atum se encontrarem paradas, por não ser permitido capturarem mais peixe. “Trabalharam cerca de um mês e agora, por terem visto a quota esgotada, não podem continuar na sua actividade. Isto traz problemas aos pescadores, aos armadores e a todo um sector que passa por uma crise e que não vê forma de garantir a sustentabilidade desta actividade”, declarou.
A quota de pesca de atum é de cerca de três mil toneladas, tendo já sido quase três vezes superior. O candidato afiança que o facto de ter esgotado em cerca de um mês demonstra como se trata de uma quantidade insuficiente.
“Isto tem de ser feito junto das instâncias europeias e nós podemos, inclusivamente, negociar com a Comissão Europeia”, afirmou Sérgio Gonçalves. O socialista lembrou o objectivo da União Europeia de ter 30% da sua área marítima protegida e o facto de Portugal ter uma Zona Económica Exclusiva muito significativa, graças também aos arquipélagos da Madeira e dos Açores, defendendo que possa ser negociado como contrapartida desse contributo para os 30% da área protegida um aumento de quota.
Por outro lado, o candidato do PS defende que estas embarcações possam pescar nas ilhas Selvagens, tendo em conta que esta pesca de modo artesanal, de salto e vara, não tem qualquer impacto para essa área protegida.
O socialista pretende ainda defender, em sede de Parlamento Europeu, a renovação da frota de pesca do peixe-espada. O socialista referiu que, durante muito tempo, o Governo Regional negligenciou esta situação, primeiro, ao não ter apresentado junto das instâncias europeias a necessária Estratégia do Mar, para permitir que existisse financiamento para a renovação da frota, e segundo, ao não ter apresentado qualquer projeto neste sentido ao abrigo do Plano de Recuperação e Resiliência, que atribuiu à Madeira mais de 600 milhões de euros. Como adiantou, são 23 embarcações e cerca de 240 pescadores e respetivas famílias que dependem desta atividade, sendo importante existirem também apoios europeus para esta renovação da frota.