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Volt promete desburocratizar apoios a pequenas e médias empresas

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O cabeça-de-lista do Volt às eleições europeias defendeu hoje a necessidade de desburocratizar o acesso das pequenas e médias empresas a apoios e fundos através de legislação europeia e reforço dos instrumentos já existentes.

Duarte Costa, que visitou hoje a 'start up' tecnológica Wind Credible, criadora de turbinas revolucionárias para produzir energia eólica, lamentou que a empresa não tenha tido acesso a fundos europeus por uma questão burocrática.

"Esta empresa, apesar de estar a desenvolver um serviço decisivo para toda a União Europeia, não tem um euro de fundos europeus. Porque são inacessíveis, porque são burocráticos e porque conseguir alcançá-los também tem custos", disse à saída da visita.

Sublinhando que o partido quer "relançar a economia da União Europeia", o candidato ao Parlamento Europeu comprometeu-se "a garantir legislação europeia e instrumentos europeus para apoiar as pequenas e médias empresas inovadoras".

Apoio que Duarte Costa quer fazer nomeadamente através de programas já existentes, como o InvestEU, que visa investir na recuperação de empresas, e como o Horizonte Europa.

O Horizonte Europa "é o programa mais ambicioso e que está mais na vanguarda da investigação e da inovação na União Europeia e é muito importante para as universidades e para os centros tecnológicos", explicou, adiantando que o partido quer que sejam triplicados os financiamentos atribuídos.

Para Duarte Costa, é essencial também adotar "critérios de sustentabilidade e de discriminação positiva para regiões como Portugal, para combater a tendência de fuga de cérebros e uma União Europeia a duas velocidades".

A Wind Credible é, para o candidato do Volt, um exemplo prático da "proposta liberal, social e ecologista" do partido.

"Estamos a falar de uma empresa que está a desenvolver uma nova tecnologia biodegradável, com o potencial de ser descentralizada e, portanto, acessível às pessoas, com o potencial também de lhes garantir resiliência energética, que é feita em Portugal, a partir da Damaia, e com talento português", explicou.

Uma empresa que, acrescentou, "não está no mercado, está ainda na fase de desenvolvimento" e que, por isso, "depende muito da qualidade do dinheiro público".

Afirmando que existe dinheiro para apoios, Duarte Costa lamentou que seja tão difícil obtê-lo, não só pela burocracia, mas também pela existência de uma "lógica ainda muito nacional".

Temos "falta de uma harmonização das normas europeias para que um negócio desenvolvido em Portugal possa imediatamente proliferar num espaço de 450 milhões de europeus de 27 economias", considerou, prometendo "desenvolver políticas para garantir que o talento e que os serviços das empresas que garantem um futuro possam proliferar e crescer o mais rapidamente possível".

Em Portugal, as eleições europeias realizam-se em 09 de junho e serão disputadas por 17 partidos e coligações: AD, PS, Chega, IL, BE, CDU, Livre, PAN, ADN, MAS, Ergue-te, Nova Direita, Volt Portugal, RIR, Nós Cidadãos, MPT e PTP. Serão eleitos 21 deputados.