Austin afirma importância de corredor para ajuda humanitária em Gaza
O secretário da Defesa norte-americano, Lloyd Austin, declarou hoje ao seu homólogo israelita, Yoav Gallant, a importância de abrir um corredor em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, para ajuda humanitária à população.
Por telefone, o norte-americano abordou as recentes operações militares em Gaza e a necessidade de Israel aumentar a comunicação com as agências humanitárias, segundo um comunicado do Departamento de Defesa dos Estados Unidos.
"O secretário Austin apresentou as suas condolências às famílias dos sete reféns cujos corpos foram recuperados em Gaza e reiterou o seu apelo à libertação imediata de todos os reféns", de acordo com a mesma nota.
As forças armadas israelitas informaram que tinham tomado o controlo "operacional" do corredor' Filadélfia', situado no lado palestiniano da fronteira entre Gaza e o Egito, alegando que este servia de "conduta de oxigénio" para o contrabando de armas para os islamitas palestinianos do Hamas.
Em conferência de imprensa, o porta-voz da Casa Branca para a Segurança Interna, John Kirby, comentou que esta ação integra a operação "limitada" contra o Hamas e não é vista como o início de uma "grande operação terrestre" no sul do enclave.
O corredor 'Filadélfia' é o nome dado à faixa de terra com cerca de 14 quilómetros de comprimento ao longo da fronteira, cujo lado palestiniano ficou sob o controlo da Autoridade Palestiniana na sequência do "Plano de Retirada" de 2005 e cujo lado egípcio ficou sob o controlo do Cairo.
No entanto, o Hamas passou a controlar a zona depois dos combates entre grupos palestinianos em 2007, na sequência das disputas após as eleições do ano anterior. O Egito, que tem um acordo de paz com Israel desde 1979, avisou Israel do risco de operações na zona.
O atual conflito em Gaza foi desencadeado pelo ataque do Hamas em solo israelita em 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e mais de 250 reféns, segundo as autoridades israelitas.
Em resposta, Israel lançou uma ofensiva que já provocou mais de 36.200 mortos, conforme dados do Hamas.