“O serviço público nunca foi capaz de prestar serviços a todos”
José Franco, do Centro Radiológico do Funchal, que passa a contar com novas instalações e a disponibilizar ressonâncias magnéticas, reconhece que a medicina privada é “um complemento” indispensável do Serviço Regional de Saúde
O Centro Radiológico do Funchal (CRF) conta, a partir de agora, com novas instalações, na Rua dos Ferreiros, um espaço com cerca de 600 metros quadrados que permite a realização de mais exames, nomeadamente a ressonância magnética.
“A nossa ambição foi conseguida finalmente”, apontou José Franco, sustentando que dispõem agora de um “espaço amplo”, “digno para quem trabalha e para os nossos utentes”.
O momento foi aproveitado para investir, também, em novos equipamentos, nomeadamente de Raio-X, de ecografias, de mamografias e da já referida ressonância magnética. “Isto só foi possível porque concorremos a fundos do Madeira 14-20, fundos europeus, com complemento do Governo Regional. Isso foi fundamental para termos aquilo que temos aqui hoje, porque se não fosse essa ajuda não conseguíamos”, reforçou aquele que é um dos responsáveis do espaço, a par de Luísa Camacho.
Questionados pelos jornalistas sobre a capacidade de resposta do Serviço Regional no âmbito da Radiologia, o médico notou que “o serviço público nunca foi capaz de prestar serviços a todos”, apontando, por isso, as unidades de saúde privadas como um “complemento” indispensável para que todos os utentes tenham acesso aos exames complementares de diagnóstico “em tempo útil”.
Ainda assim, José Franco realça que “o Serviço Regional de Saúde era, é e continuará a ser a referência para o futuro em termos de qualidade e nós, o que pretendemos, é termos uma qualidade semelhante, ser uns dignos prestadores em qualidade e em tempo útil, como complemento do Serviço Regional de Saúde”.
O investimento que agora permite disponibilizar melhores e mais serviços aos utentes, rondou os três milhões de euros, dos quais quase 800 mil euros resultam de apoios públicos, nomeadamente através de dinheiros europeus, a fundo perdido, ou de verbas do Governo Regional.
Na ocasião, Miguel Albuquerque destacou a importância de a Madeira passar a contar com mais um prestador convencionado de ressonância magnética, passado a quatro unidades de saúde a fazer parte do conjunto.
Entende o ainda presidente do Governo Regional, em gestão, que este tipo de serviço “é muito importante para termos capacidade de resposta aos nossos utentes”.
“Neste momento, nós trabalhamos muito na área da prevenção. E os exames de prevenção são essenciais, e nesse sentido acho muito importante este complemento por parte dos privados”, salientou o governante, destacando, ao mesmo tempo, que essa complementaridade permite “aliviar a pressão sobre o serviço público”, estando garantida a capacidade de resposta para os doentes, sem “nenhum problema”.