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Investigação Judicial Madeira

"Isso é um assunto de que não vou falar antes das eleições"

Miguel Albuquerque não quis comentar o recurso do Ministério Público no âmbito do mega-processo onde são arguidos Pedro Calado, Avelino Farinha e Custódio Correia

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O presidente do Executivo madeirense em gestão e candidato às Eleições Regionais antecipadas, de 26 de Maio, não quis comentar o recurso do Ministério Público no âmbito do mega-processo onde são arguidos Pedro Calado, Avelino Farinha e Custódio Correia, hoje noticiado pelo jornal Expresso.

Nas alegações do Ministério Público é colocado um foco na obra do novo Hospital da Madeira, com alegados favorecimentos.

"Eu não quero falar sobre esse processo. Eu acho que toda a gente, na Madeira, já percebeu o que se passou", escudou-se Miguel Albuquerque. "São alegações num processo [judicial] e eu não me vou pronunciar sobre isso", complementou.

O ainda presidente do Governo Regional recusou, igualmente, comentar o manifesto assinado por cinco dezenas de figuras públicas nacionais, onde a actuação da Justiça e do próprio Ministério Público é questionada, com referência a interferências do poder político na esfera judicial. O processo que envolve figuras da Madeira e a Operação Influencer são 'arrolados' na argumentação.

"O Estado de direito tem de ser salvaguardado. O Estado de direito salvaguarda-se com a separação de poderes e essa separação de poderes tem de ser assegurada, porque isso é que é salutar em democracia. Portanto, nem a política invadir o espaço judicial, nem o espaço judicial invadir o espaço político", sustentou, à margem da inauguração das novas instalações do Centro Radiológico do Funchal, na Rua dos Ferreiros, que resultou de um investimento na ordem dos três milhões de euros, que contou com apoios públicos, quer do Governo Regional, quer da União Europeia, conforme enalteceu José Franco, um dos responsáveis por esta unidade de saúde privada.