“Se o conhecimento evolui, então as estratégias e as metodologias também têm que evoluir”
Jorge Carvalho na abertura do X Seminário de Educação a decorrer no Museu de Imprensa
“Se é verdade que é a escola pela sua capacidade formativa, de transmissão do conhecimento, de preparara as novas gerações para os desafios da sociedade nas diferentes dimensões, também é importante que a mesma reflicta como é que ela se transforma, como é que a escola pode efectivamente nesse processo de transformar aqueles que por ali passam e transformar a sociedade, mas também ela como é que se adapta para responder a esses mesmos desafios, como é que ela se transforma para poder responder às novas competências e também às necessidades que a sociedade vai exigindo. Não só do ponto de vista do conhecimento, mas também das competências sociais”. Palavras do secretário regional da Educação, Ciência e Tecnologia, Jorge Carvalho, na sessão de abertura do X Seminário de Educação que tem como tema ‘Horizontes Educativos: Estratégias para uma Escola transformadora’.
No evento a decorrer hoje e amanhã no Museu de Imprensa – Madeira, em Câmara de Lobos, e que conta com a participação de oradores internacionais com incidência na relação entre a inteligência artificial e o ensino; e foco nos processos de aprendizagem, o governante reconheceu que no actual contexto a escola tem que se transformar para responder aos novos desafios, daí a pertinência da reflexão que o seminário proporciona nestes dois dias.
“O que é importante neste processo de reflexão é que no final possamos efectivamente sair não apenas com mais umas horas de formação mas capacitados para podermos realizar essa mesma transformação”, manifestou.
O actual contexto tecnológico impõe transformar a escola, “desafio significativo” que reconhece ter “alguma complexidade” que “o corpo [docente] altamente especializado” dá garantias de concretizar essa exigência de transformar e continuar a preparar as crianças e jovens para os desafios do futuro.
“O conhecimento evolui hoje a uma velocidade que é extraordinária. E se o conhecimento evolui, então as estratégias e as metodologias também têm que evoluir. Caso contrário alguma coisa fica a não poder casar com a outra”, diz.
Razão para reforçar a ideia que “se queremos uma escola transformadora é em primeira instância a escola que tem que se transformar. Se queremos uma escola que corresponda aos desafios especiais, não pode ser uma escola que fique numa trincheira. Tem de ser uma escola que seja uma charneira entre aquilo que são as dimensões sociais, a formação dos alunos e a preparação para os desempenhos sociais, sejam eles profissionais ou de cidadania”, afirmou.
Ciente que “os desafios são enormes”, Jorge Carvalho reforça que “a escola transformadora não transforma só quem por lá passa e tem que passar, tem de ser uma escola que também tenha capacidade de se transformar para dessa forma responder melhor aos nossos alunos, à sociedade, mas acima de tudo também a aquilo que são as competências dos profissionais de educação”.
Sustenta que essa resposta “tem de ser à medida de cada um” porque “o sucesso hoje é também medido à medida de cada um. Todos tem que cumprir este percurso com sucesso sabendo que nem todos chegam com as mesmas competências ao final”.
Registou ainda que meio século após a instituição da Democracia e 48 anos de Autonomia, “hoje temos todos os nossos jovens na escola” e desta foram sublinhar o “desafio significativo” operado nas últimas décadas para que a escola de hoje responda a todos.
Foi acreditando que é a escola que transforma que terminou a intervenção a reiterar que da parte do Governo Regional a “disponibilidade é sempre total”, não apenas no investimento na qualificação e na formação mas também na criação de condições para que a nossa escola possa ser uma escola transformadora.