Foi na edição de 3 de Maio de 1991 que o DIÁRIO deu a conhecer o novo ‘papamóvel’, a viatura que iria transportar o Papa João Paulo II, ao longo de cerca de 30 quilómetros. Custou 10 mil contos.

Dez dias antes da chegada do Papa à Madeira estava pronto o veículo de alta segurança, concebido para o transporte de Sua Santidade. Descrito como uma “fortaleza envidraçada”, na verdade era um jipe UMM de chasis longo que foi adaptado para as necessidades de tal missão.

”A UMM desenvolveu o pela nova versão do modelo, projecto do ‘papamobile’ de forma a poder criar uma viatura, onde o conforto de João Paulo II e seus acompanhantes teve que ser aliado à indispensável segurança, a que qualquer veículo que transporta o Papa sempre é obrigado”, explicava Pratas Pereira, responsável da UMM pelo projecto.

O projecto desde a sua criação até à concepção levou 45 dias, o que foi considerado um tempo recorde.

O habitáculo, zona onde se instalaria o Papa, era completamente blindado, com partes envidraçadas para que João Paulo II visse e fosse visto. A viatura era revestida por uma alcatifa de veludo vermelho. “No interior da ‘fortaleza’ branco-pérola, destaca-se a poltrona do Sumo Pontífice, com uma estrutura executada em madeira de castanheiro, lacada a branco e debroada a dourado, estofada a tecido especialmente concebido para artigos religiosos e com trabalho de «capitonet»”.

O piloto de todo-o-terreno João Vassalo foi o escolhido para dirigir o veículo.