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Porque é que o voto no PS permite virar a página na Madeira

As eleições regionais do próximo dia 26 de maio, realizam-se num contexto nunca visto e serão, por essa razão, as mais importantes para a vida de todos madeirenses e porto-santenses, precisamente no ano em que celebramos 50 anos de democracia. No meio de tantos partidos, porquê votar PS?

A primeira questão que o eleitor deve colocar é quem quer para governar a Madeira. Na resposta a esta questão só há duas opções: ou preferem-me a mim como presidente do governo ou escolhem continuar com Miguel Albuquerque. A nossa Região necessita de uma lufada de ar fresco com outra liderança, que possa trazer nova energia, novas ideias e outra vontade de fazer mais e romper com a rede de interesses instalada, que só beneficia uns em prejuízo de todos os outros. Não sou perfeito e há decisões políticas que agora não tomaria, mas julgo que também tenho aprendido e continuo, mais do que nunca, com determinação de lutar pelo futuro da minha terra. Foi sempre isso que me moveu. A experiência como Presidente de Câmara, como deputado ou Secretário de Estado, deu-me conhecimento e traquejo para o enorme trabalho e desafio de governar a nossa Região. Estou pronto!

Compreendo que passados tantos anos e estarmos, até agora, sob o domínio do mesmo partido no poder, sem nunca se ter conseguido a mudança, haja dúvidas se alguma vez ela acontecerá. Se olharmos para a História, nenhum regime político, em nenhuma parte do mundo foi eterno. Existem ciclos, uns mais longos e outros mais curtos. Estou convicto que agora dar-se-á início a um novo ciclo na Região. Está nas vossas mãos.

Se estão cansados de tanta coisa e não querem que continue tudo na mesma, ou até mesmo se estão revoltados por se prometer resolver tantos problemas e nada se fazer, lembrem-se que o PS nunca foi governo aqui na Madeira, e é chegada a hora de termos essa oportunidade. Se não cumprirmos, nas próximas eleições não votam em nós. É a democracia.

E tenham em atenção que votar em partidos mais pequenos não é solução, até porque estarão a votar para a continuidade de Miguel Albuquerque. Não restam dúvidas nenhumas que um voto no Chega, no CDS, na Iniciativa Liberal ou no PAN, é mais um voto para mantê-lo no governo, porque no dia a seguir às eleições darão a mão para que se perpetue o regime. E já vimos isto acontecer no passado, com os partidos a dizerem uma coisa antes das eleições, jurando que nunca fariam coligações com o PSD, para logo depois se juntarem. Foi assim com o CDS e com o PAN, e não se surpreendam porque será assim com o Chega e a Iniciativa Liberal. Particularmente com o Chega, já foi assumido pelo presidente do PSD-M que não há linhas vermelhas para se coligar com esse partido ou com outros partidos. E não venha o Chega dizer que isso jamais acontecerá, porque a verdade é que tanto André Ventura como Miguel Castro, por diversas vezes, afirmaram que estariam disponíveis para viabilizar um governo com o PSD-M. Aliás, à semelhança do que o Chega fez nos Açores com o governo regional do PSD.

Além destas questões, a dispersão de votos poderá levar a uma situação de ingovernabilidade da Região, pelo que o voto no PS será a maior garantia de estabilidade. A instabilidade está mesmo toda do lado do PSD, que ao ter a cúpula do partido envolvida no processo judicial, que ainda está no seu início e terá desenvolvimentos, arrastará a Madeira, se continuarem a ser governo, para uma situação política de consequências catastróficas.

Face a estes cenários, cabe a todos os madeirenses e porto-santenses a decisão de concretizar a alternância governativa na Região e dar oportunidade ao PS de solucionar os problemas que os sucessivos governos regionais do PSD não foram capazes de resolver ao longo de 48 anos. O nosso programa destaca medidas muito concretas e realizáveis em cinco áreas prioritárias: a da Habitação, da Saúde, da Educação, da Mobilidade e dos Rendimentos. Façamos o que ainda não foi feito e viremos a página na Madeira.