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Coreia do Norte dispara míssil balístico em direção ao mar do Japão

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Foto Arquivo/EPA

A Coreia do Norte disparou hoje um míssil balístico em direção ao mar do Japão, adiantaram fontes militares sul-coreanas, sobre o mais recente teste que ocorre dias depois da tentativa falhada de Pyongyang de lançar um satélite espião.

O Estado-Maior Conjunto sul-coreano, citado pela agência Yonhap, confirmou o lançamento, sem adiantar mais detalhes.

O Ministério da Defesa japonês informou, por sua vez, que o projétil lançado pela Coreia do Norte em direção ao mar do Leste, também conhecido como mar do Japão, terá caído por volta das 06:21 de quinta-feira locais (22:21 de quarta-feira em Lisboa) nas águas do mar do Japão, e aparentemente fora do seu território.

A Coreia do Norte confirmou na segunda-feira que o lançamento de um foguete espacial, para colocar em órbita um satélite espião, falhou devido a um alegado problema no motor do propulsor.

Em comunicado, o Estado-Maior sul-coreano afirmou ter detetado o rasto do projétil lançado da zona de Tongchang-ri - no noroeste do país, onde se situa a base de lançamento espacial de Sohae - em direção ao mar Ocidental (nome dado nas duas Coreias ao mar Amarelo).

Apenas dois minutos depois de localizar o lançamento, os radares sul-coreanos voltaram a detetar o projétil "como um grande aglomerado de fragmentos nas águas norte-coreanas", indicando que o foguetão falhou em pleno voo.

A Coreia do Norte somou assim mais um fracasso ao seu programa espacial, após dois lançamentos falhados do foguetão Chollima-1 na primavera e no verão de 2023.

Em novembro, Pyongyang conseguiu finalmente lançar com êxito o foguetão e colocar em órbita o seu primeiro satélite espião, o Malligyong-1.

A Coreia do Norte afirmou no início deste ano que iria lançar mais três satélites espiões "Malligyong" até 2024.

Para o êxito do lançamento de novembro, acredita-se que tenha sido fundamental a ajuda da Rússia, que foi muito reforçada depois de o líder norte-coreano, Kim Jong-un, e o Presidente russo, Vladimir Putin, terem realizado uma cimeira, em setembro de 2023.

Washington, Seul e Tóquio condenam estes lançamentos espaciais norte-coreanos, argumentando que representam uma violação das sanções da ONU, que proíbem Pyongyang de utilizar tecnologia de mísseis balísticos.