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UE pondera financiar a produção de armas na Ucrânia em vez de enviar arsenal

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Os países da União Europeia (UE) estão a ponderar financiar diretamente a Ucrânia para a produção local de armas, em vez de financiar a compra de armas para se defender da Rússia, revelaram hoje fontes da UE.

"Trata-se de pagar diretamente à Ucrânia e não de lhe comprar armas", afirmou um alto funcionário da UE citado pela agência de notícias espanhola EFE.

Até agora, a UE co-financiou a entrega de equipamento militar letal e não letal a Kiev pelos Estados-Membros através do Mecanismo Europeu de Apoio à Paz (EFSF).

O financiamento direto à Ucrânia, que está a ser considerado pelos países, iria aumentar a capacidade industrial do país, reduzir os custos de produção e evitar atrasos nos envios, defenderam as fontes da EFE.

No entanto, essas mesmas fontes alertaram para o facto de a Hungria continuar a bloquear um acordo neste sentido e de ainda não existir a unanimidade necessária entre os 27 Estados-Membros da UE para avançar com a medida.

Neste momento, os países podem doar equipamentos dos seus arsenais ou então comprá-los.

Já quanto à possibilidade de os países europeus autorizarem a Ucrânia a utilizar as armas que emprestaram para atacar alvos militares dentro do território russo, as fontes sublinharam que essa decisão cabe inteiramente a cada Estado.

Os ministros europeus da Defesa voltaram a ouvir os seus homólogos ucranianos, na terça-feira, sobre as necessidades prementes da Ucrânia em termos de defesas aéreas e munições de artilharia.

A UE tinha-se comprometido a fornecer à Ucrânia um milhão de munições de artilharia até à primavera.