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Por uma solução governativa que garanta a estabilidade

Vivemos tempos únicos na Madeira. Miguel Albuquerque e o PSD mergulharam a Região numa crise sem precedentes. Oito meses depois de termos ido a votos, voltámos este domingo às urnas. E o que nos disseram os Madeirenses e Porto-santenses? Que Miguel Albuquerque e o PSD não reúnem quaisquer condições para governar e para garantir estabilidade.

O pior resultado de sempre alcançado pelo PSD é reflexo de um projeto esgotado, de 48 anos de uma governação bafienta que não consegue apresentar respostas para os problemas que todos enfrentamos. Quando comemoramos 50 anos de democracia, aguardamos ainda com expetativa que abril chegue à Madeira e ao Porto Santo. Vivemos aprisionados nesta Região por um regime que ameaça e cultiva o medo.

Como é possível, em plena campanha eleitoral, termos ainda ouvido os mais idosos dizer que tinham medo de perder as pensões ou os funcionários públicos o emprego, se votassem diferente. É esta confusão que os mesmos de sempre alimentam para se agarrar ao poder à custa dos mais vulneráveis.

Mas os resultados eleitorais destas Regionais abrem a esperança a um virar de página tão desejado. Conseguir uma solução alternativa de governo não está longe de poder ser uma realidade. Depende apenas de dois fatores: coragem e responsabilidade. Coragem para propor e fazer diferente, responsabilidade para garantir um futuro estável.

Estou certa de que os Madeirenses e Porto-santenses acolherão bem esta possibilidade. Estamos todos cansados de ver governos a governar em benefício próprio, com resultados à vista. Somos a Região mais pobre do país, a que tem os salários médios mais baixos, mas os preços mais altos da habitação. A Região que vê os próprios filhos emigrar por falta de oportunidades.

Este é o retrato real de uma Madeira governada há quase meio século pelo PSD. Um PSD que sai fragilizado deste ato eleitoral. Sendo Miguel Albuquerque o rosto da instabilidade e da ingovernabilidade.

Chegados aqui, não pode haver retorno. É essencial encontrar uma solução que nos garanta a estabilidade fundamental para nos focarmos nas prioridades da Região. Precisamos de um governo que governe com e para as pessoas. De uma vez por todas, estamos perante a oportunidade de mudar o rumo da Madeira e do Porto Santo. Que abril ainda se possa fazer em maio na Madeira.