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África do Sul reforça segurança policial com exército em prontidão para as eleições

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A África do Sul colocou 2.900 militares em estado de prontidão para reforçar o dispositivo policial de segurança às eleições que se realizam quarta-feira, disse hoje à Lusa fonte das Forças Armadas sul-africanas.

"Está concedida autorização para 2.900 efetivos militares para serem destacados durante as eleições, conforme e quando a necessidade se justificar, de acordo com o plano de segurança da NATJOINTS [Estrutura Nacional Conjunta Operacional e de Inteligência], os militares estão de prontidão", indicou à Lusa o porta-voz da Força Nacional de Defesa da África do Sul (SANDF), Siphiwe Dlamini.

O porta-voz militar sul-africano salientou que o destacamento da SANDF foi autorizado "conforme ata presidencial".

Em comunicado, divulgado hoje, a Presidência da República sul-africana adiantou que o chefe de Estado Cyril Ramaphosa aprovou a extensão do período de destacamento da SANDF "que fará parte da Operação PROSPER de 20 de maio até 07 de junho de 2024".

"O Presidente Cyril Ramaphosa informou a Assembleia Nacional que 2.828 membros da Força de Defesa Nacional Sul-Africana (SANDF) serão contratados em cooperação com o Serviço de Polícia Sul-Africano (SAPS) para a prevenção e combate ao crime e para a manutenção e preservação da lei e da ordem durante as Eleições Nacionais e Provinciais de 2024", refere-se na nota.

Por seu lado, a Polícia Sul-Africana (SAPS) mobilizou as reservas nacionais da polícia de ordem pública, nomeadamente para as províncias do Cabo Oriental e KwaZulu-Natal, sudeste do país, indicou à Lusa a porta-voz nacional da polícia sul-africana, Athlenda Mathe.

A medida visa "reforçar os efetivos e intensificar os esforços no combate ao crime nas duas províncias", adiantou.

A porta-voz da polícia sul-africana indicou que, na província de KwaZulu-Natal, a polícia tem já no terreno 17.000 efetivos.

Na província do Cabo Oriental, a polícia anunciou hoje que "estava sob controlo" uma greve de transportes públicos de miniautocarros na cidade de Umtata, que causou a morte a três pessoas desde segunda-feira, acrescentando "que um total de 15 pessoas foram presas e 53 armas de fogo confiscadas".

A polícia sul-africana adiantou que cinco homens armados encapuçados foram igualmente detidos após um tiroteio com as forças de segurança na sequência de um "assalto" ao aeroporto local na passada segunda-feira.

 Em conferência de imprensa, a Comissão Eleitoral anunciou hoje a reabertura de 107 assembleias de voto que foram afetadas pelo protesto em Umtata no primeiro dia da votação especial na segunda-feira.

A polícia sul-africana deteve ainda duas pessoas por alegadamente adulterarem urnas eleitorais em duas assembleias de voto para as eleições de quarta-feira, anunciou hoje a Comissão Eleitoral Independente (IEC).