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Plano de emergência para a saúde pronto há uma semana e será apresentado na quarta-feira

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Foto Shutterstock

O plano de emergência para a saúde está pronto há uma semana e será apresentado na quarta-feira pelo primeiro-ministro, avançou hoje à Lusa o coordenador do grupo de trabalho que elaborou o documento.

O plano, previsto no Programa do Governo, vai incidir na recuperação das listas de espera para consultas, cirurgias e exames, na resposta de cuidados materno-infantis e nos cuidados de saúde primários.

Eurico Castro Alves, que coordenou um grupo de 13 pessoas que fez o plano de emergência, escusou-se a avançar as medidas previstas no plano que entregou à ministra da Saúde há uma semana, justificando com "o compromisso com o Governo".

O jornal 'online' Observador avança que o plano tem medidas emergentes para serem tomadas em 01 de junho, medidas urgentes, a implementar num prazo entre 30 dias e seis meses, e medidas estruturantes, a implementar a longo prazo.

Nas áreas da Obstetrícia e Pediatria, o plano prevê, segundo o jornal, um conjunto de incentivos para fixar e atrair especialistas, particularmente na região de Lisboa e Vale do Tejo.

Para os serviços de urgência, estão previstos projetos-piloto nas áreas de Lisboa e Porto dirigidos aos doentes não urgentes (triados com pulseiras azuis e verdes) e "novas ideias" sobre o atendimento em serviços de urgência sobrecarregados.

Segundo o Observador, o plano estabelece a criação da especialidade de medicina de urgência e emergência e, para os centros de saúde, a aposta vai ser no reforço dos cuidados de proximidade e, à semelhança do que será feito com os obstetras e pediatras, também os médicos de família terão oportunidade de beneficiar de um conjunto de incentivos se aceitarem trabalhar em zonas de elevada carência de especialistas, nomeadamente em Lisboa e Vale do Tejo.

O plano prevê também a recuperação das listas de espera das cirurgias oncológicas, através do aumento dos incentivos remuneratórios para as equipas de profissionais que aceitem operar em horário adicional.

Eurico Castro Alves confirmou à Lusa que estas medidas estão previstas no plano.