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Regionais 2024 Madeira

PCP afirma que iniciativa do PS e JPP "não pode ser levada a sério"

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O PCP atira duras críticas ao acordo entre o PS e o JPP para formar governo na Região e afirma que essa iniciativa "não pode ser levada a sério". Para o partido, "mais do que qualquer expressão séria de posicionamento político ela é sobretudo um manifestação demagógica, concebida para consumo mediático sem qualquer consequência, desprovida da mínima coerência". 

"De facto apresentarem-se como “alternância” com base numa solução que só é viável se envolver a direita mais liberal e o CDS – partido que acaba de estar coligado nos últimos anos com o PSD - põe a nu a incoerência total desta iniciativa", indica em nota à imprensa.

Antes, lamenta a maioria obtida pelo PSD, por considerar ser "um elemento negativo para a vida política na Região que dará continuidade à política de agravamento de injustiças e exploração que tem marcado a sua governação, sozinho ou em coligação com CDS. Um factor tão mais negativo quanto acompanhada da perda eleitoral do PCP, a força mais coerente e combativa contra o que PSD representa, e sobretudo a quem com verdade se pode apresentar como portadora de uma política alternativa".

"Mais do que qualquer vontade de oposição ao PSD o que sobra deste “número” que PS e JPP ontem quiseram fazer é, de facto, uma confissão antecipada de cobertura política à governação do PSD", considera o PCP, acrescentando que "se ode afirmar, que o que de substancial PS e JPP vieram anunciar na declaração à imprensa de ontem é que, confirmada a óbvia inconsequência desta proposta confessada aliás pelos próprios, o que sobra é o compromisso que ali se ouviu de garantirem estabilidade ao PSD, ao seu governo e à sua política de desastre contra os trabalhadores, para o povo e para a Região".

A defesa dos interesses dos trabalhadores e do povo não precisam de exibicionismos políticos sem sentido ou consequências práticas que mal disfarçam o que PS e JPP partilham com o PSD em muitas das que são as opções de política económica e social. O que se impõe é afirmar uma verdadeira política alternativa que garanta salários e reformas dignas, direito à habitação, à saúde, à educação, ao transporte, o combate à precariedade e à pobreza. É para este objectivo de uma vida melhor que o povo encontrará todos os dias o PCP ao seu lado em cada uma das lutas necessárias para garantir direitos. Comissão executiva da direcção da Organização da RAM do PCP