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Regionais 2024 País

Pedro Nuno pede ao primeiro-ministro para não enganar portugueses

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Foto Lusa

O secretário-geral do PS pediu hoje ao primeiro-ministro para não enganar os portugueses quanto ao que diz a Constituição sobre as eleições nas regiões autónomas.

À entrada para o comício do primeiro dia de campanha para as europeias que decorre esta noite na Incrível Almadense, em Almada, Pedro Nuno Santos foi questionado sobre as críticas do primeiro-ministro aos derrotados das várias eleições por estarem "mais ocupados em geringonçar uns com os outros", depois de PS e JPP terem proposto uma solução conjunta de Governo após as regionais da Madeira de domingo.

"Não me imiscuo naquilo que são as conversações que são feitas a nível regional. É muito importante que desde logo um primeiro-ministro não engane os portugueses sobre aquilo que diz a Constituição", respondeu.

O líder do PS defendeu que "numa autarquia local ganha quem tem mais votos", mas numa Assembleia da República ou numa Assembleia Legislativa Regional "são eleitos representantes do povo e os diferentes representantes da população encontram solução de governo".

"De uma vez por todas nós temos que encarar o funcionamento da democracia como ela está prevista na nossa Constituição e não reescrever a nossa Constituição em discursos", salientou.

Pedro Nuno Santos assegurou que não dá indicações nem interfere nas decisões que o PS/Madeira toma, apesar de confirmar que tem conversado diariamente com Paulo Cafôfo.

"Eu apoio as decisões que o PS/Madeira tomar, nós estaremos ao lado do PS/Madeira", assegurou.

O PS e o JPP vão apresentar ao representante da República na Madeira "uma solução de governo conjunta" no arquipélago, anunciaram hoje as estruturas regionais dos partidos, que somam 20 deputados, aquém dos 24 necessários para a maioria absoluta.

Pouco depois, num comício em Évora, no primeiro dia da campanha eleitoral para as europeias, Luís Montenegro quis deixar um recado sobre as regionais de domingo na Madeira, mas generalizou a crítica aos derrotados dos vários sufrágios recentes.

"Enquanto nós vencermos eleições, nós vamos governar: nós os vencedores das eleições estamos concentrados em governar, os derrotados das eleições estão concentrados em geringonçar", criticou.