Nem assim

Nem com Miguel Albuquerque todo salpicado de lama corruptiva e um Psd-m partido ao meio, o PS-M - de Paulo Cafôfo - consegue ganhar as eleições regionais, pior, nem sequer aumentar a votação perdendo em todos os concelhos, com exceção de Machico, que é tradicionalmente PS. Agora não pode desculpar-se, como fez em setembro passado, que foi o desgaste do Governo da República que provocou esta queda de mais de 20.000 votos. Com o afã de governar a Madeira, preconiza uma espécie de aliança de todos contra Albuquerque mas não vai resultar, primeiro porque é óbvio que nem todos irão concordar, segundo, mesmo que concordassem seria um pretexto para Albuquerque se vitimizar e em próximas eleições os resultados seriam piores para a oposição. O PS-M precisa urgentemente de despertar para um novo rumo expurgando os vícios do partido internamente onde impera a vontade de um militante que organiza listas a seu bel-prazer e externamente mostrar credibilidade sob pena de em próximas eleições ser ultrapassado pelo JPP e relegando o PS-M para terceira força partidária na RAM. Estão separados apenas por 4,43 pontos percentuais. Resta ao PS-M, como segunda força política aceitar uma vez mais a derrota e com o JPP como terceira, apresentar propostas credíveis, fazendo-as valer na ALM e levando a que os outros partidos apoiem essas propostas, obrigando o Parlamento Regional a aceita-las mesmo contra a vontade do Governo de minoria do PSD. Estes dois partidos têm propostas idênticas sobre corrupção, saúde, estatuto político administrativo da ALM, pobreza na Região, imunidade parlamentar e benesses para os membros do Governo e deputados, pois então têm agora a oportunidade de aprovar propostas que o Governo, simplesmente ignorava e mostrar aos madeirenses que têm ideias válidas para, no futuro governar esta Região que precisa urgentemente de derrubar este poder podre.

Por sua vez Paulo Cafôfo terá que perceber que o seu charme passou de moda, que já não tem a confiança dos madeirenses e que precisa definir a sua posição. Ou assume o seu lugar de deputado na A.R. na ALM ou assume a tempo inteiro a presidência do partido porque o PS-M precisa mais do que nunca de uma liderança séria e forte que não ande constantemente a dar tiros nos pés.

Juvenal Rodrigues