Chega “não cede” nas condições, afirma Castro
“Que fique claro que não fazemos acordos parlamentares, nem acordos de governo”
Ao contacto do DIÁRIO, esta tarde, o presidente do Chega Madeira e deputado reeleito à Assembleia Legislativa da Madeira, Miguel Castro, dizia não ter havido, ainda, nenhuma interlocução com o partido mais votado na noite eleitoral de domingo, o PSD, mas garantia também que o partido não ia ceder nas suas condições.
“A nossa postura é exactamente a mesma. Há uma série de imposições que foram postas por nós, nomeadamente a situação de ser Miguel Albuquerque à frente do governo, a situação de uma auditoria externa às contas do Governo Regional, a criação de um gabinete anti-corrupção. Ninguém nos contactou. Acredito que nos contactem”, observa o líder do Chega.
De parte estava, como ao início, quaisquer coligações partidárias ou acordos parlamentares. “Proposta a proposta”, é assim que o Chega na Madeira quer ver o debate no Parlamento regional, independentemente do partido político que as venha a apresentar, considera o político, cujo partido voltou a eleger quatro deputados à ALM.
Idealmente, o Chega Madeira gostaria de dialogar com um PSD não liderado por Miguel Albuquerque, mas Miguel Castro sublinha que tal decisão não cabe ao seu partido, mesmo porque foi Albuquerque que foi a votos. “O PSD tem várias pessoas ligadas ao partido que já deram provas na sociedade madeirense e que não estão, pelo menos que se saiba, ligados a situações menos claras. Mas pode me perguntar quem? Obviamente que não cabe ao Chega decidir. É uma situação interna do PSD”, regista.