Livre lamenta desinteresse dos madeirenses na mudança política
O Livre, que nestas eleições legislativas antecipadas na Madeira arrecadou pouco mais de 900 votos, reagiu, por escrito, na sua página oficial. O partido de Rui Tavares começa por referir que "as eleições regionais na Madeira, que decorreram num cenário político marcado pelo final precipitado da anterior legislatura, eram particularmente complexas para o Livre".
Ainda assim, frisa, conseguiram "ir aos vários pontos do arquipélago levando uma mensagem de esperança e de mudança. Foram muitos os madeirenses e porto-santenses que nos incentivaram a continuar, olhando para nós como uma força importante para o presente e para o futuro".
Contudo, "num cenário em que as forças de esquerda perderam votos – e que, no caso de BE e CDU, se traduziu na perda de representação na Assembleia Regional – o Livre consegue mais votos e maior percentagem de votos que os obtidos em 2023 (858 contra os 911 deste domingo). "Ainda assim, este é um mau resultado para as esquerdas e em relação ao qual uma reflexão se exige", alerta.
Sobre os vencedores, "o PSD foi o partido mais votado, podendo manter-se no poder apesar da controvérsia que rodeou o Governo anterior, culminando 48 anos durante os quais manteve a Região na cauda do país e da União Europeia nos indicadores de pobreza e exclusão social", lamenta.
"Outro apontamento negativo é o da taxa de abstenção, que se manteve acima dos 50% (na verdade a taxa de abstenção ficou nos 46,6%), sugerindo desconfiança e desinteresse no processo político. Muitos eleitores madeirenses sentem que o voto não traz mudanças reais ou que as opções disponíveis não representam os seus interesses", analisa o Livre.
Acredita Rui Tavares e os seus correligionários que "a entrada do Livre na Assembleia Regional teria contribuído para a construção de uma alternativa progressista que pudesse virar a página após décadas de domínio da direita. Infelizmente, o objetivo da eleição não foi conseguido. No entanto, a subida da votação no Livre mostra a importância de continuar o seu trabalho de implantação no arquipélago, trabalhando ao lado dos madeirenses e porto-santenses para se afirmar enquanto o voto da esquerda verde europeísta e regionalista", concluiu.